A PRESENÇA DE IDEAÇÃO SUICIDA EM ADOLESCENTES E TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL NA INTERVENÇÃO: UM ESTUDO DE CAMPO
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v8i5.5525Palavras-chave:
Ideação suicida. Desenvolvimento humano. Adolescência. Psicologia. Terapia Cognitivo-Comportamental.Resumo
INTRODUÇÃO: O suicídio constitui-se como um grave problema de saúde pública mundial em razão de seu crescimento na população mais jovem. Isto evidencia maior vulnerabilidade desta faixa etária em face às mudanças sociais e familiares que acompanham a instabilidade emocional, relacional, afetiva, cultural e econômica dos nossos dias, principalmente neste momento histórico mundial em que se vivencia a epidemia da Covid-19. OBJETIVO: Verificar a presença de ideação suicida em adolescentes de 15 a 17 anos de duas escolas, pública e privada, da cidade de Macapá; identificar possíveis fatores para a presença de ideação suicida nos adolescentes; comparar a presença de ideação suicida em adolescentes de escola pública e privada; e apontar as contribuições da Terapia Cognitivo-Comportamental na prevenção e tratamento da ideação suicida. METODOLOGIA: O método utilizado foi o estudo de campo, de cunho quanti-qualitativo e exploratório. Os instrumentos foram um questionário de dados sóciodemográfico, Escala de Ideação Suicida de Beck (BSI) e Escala de Desesperança de Beck (BHS). RESULTADOS: Os dados foram analisados através do cálculo de frequências. Dos 60 adolescentes da amostra, 46,7% apresentaram ideação suicida, sendo 39,3% da rede pública e 60,7% da rede privada. As variáveis mais associadas à ideação suicida foram no sexo feminino: ausência de bom relacionamento com os pais e demais membros da família, conhecer alguém que tenha tentado suicídio, consumo de bebida alcóolica e desesperança. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os dados encontrados enfatizam a importância da discussão sobre a temática e de haver ações preventivas e interventivas na ideação suicida em adolescentes. As contribuições da Terapia Cognitivo-Comportamental apresentam-se como alternativa eficaz para o desenvolvimento saudável cognitivo e comportamental dos adolescentes, auxiliando-o para reestruturação cognitiva, ressignificação, autopercepção, autoconceito, autoanálise, tornando assim, os pensamentos e comportamentos mais funcionais e adaptativos. Busca ampliar as interpretações do adolescente sobre as situações, ensinando habilidades de resoluções de problemas e busca por motivos para viver. Destaca-se a importância do papel dos pais e da família nessa fase do desenvolvimento, pois relacionamentos estáveis e seguros com a família são importantes para a saúde mental dos adolescentes, ressaltando que o núcleo familiar facilitador de crescimento emocional e promotor de saúde não é aquele com ausências de conflitos, mas sim, os que permitem a expressão das diversas emoções, buscando alternativas para a solução de seus conflitos.
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