O PAPEL DO ENFERMEIRO NA CIRURGIA SEGURA: O USO DE CHECKLIST COMO FERRAMENTA CENTRADA NA SEGURANÇA DO PACIENTE
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v1i1.23047Palavras-chave:
Segurança do Paciente. Enfermagem Perioperatória. Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica. Cirurgia Segura. Liderança em Enfermagem.Resumo
Introdução: A cirurgia constitui um dos campos de maior complexidade e risco nos serviços de saúde, concentrando elevada carga de eventos adversos potencialmente evitáveis. Nesse contexto, a Lista de Verificação de Cirurgia Segura desponta como tecnologia central para a gestão de riscos, tendo o enfermeiro como ator estratégico na sua operacionalização.Objetivo: Analisar em que medida o uso do checklist de cirurgia segura, sob a liderança do enfermeiro, configura-se como estratégia efetiva de segurança do paciente no contexto cirúrgico, identificando obstáculos e potencialidades na sua utilização cotidiana. Método: Revisão integrativa da literatura, realizada na Biblioteca Virtual em Saúde, com busca de artigos completos em português, publicados entre 2020 e 2024. Após aplicação de critérios de inclusão e exclusão, compuseram o corpus 12 artigos científicos que abordavam o uso do checklist de cirurgia segura em centros cirúrgicos, com foco na atuação da enfermagem. Os estudos foram submetidos a análise temática, organizada em quatro categorias. Resultados: A análise evidenciou o enfermeiro como ator central na operacionalização do checklist, articulando dimensões assistenciais, gerenciais e educativas. Foram identificadas barreiras relevantes à adesão qualificada, como insuficiência de recursos, pressão por produtividade, hierarquias rígidas, compreensão burocrática do instrumento e fragilidades na comunicação interprofissional. Em contrapartida, o checklist mostrou potencial para ordenar etapas críticas do cuidado, prevenir eventos adversos, estruturar pausas de comunicação e apoiar processos de educação permanente e auditoria em segurança do paciente. Conclusão: O checklist de cirurgia segura, quando conduzido sob liderança reconhecida e sustentada do enfermeiro, configura-se como estratégia potente para o fortalecimento da segurança do paciente no perioperatório. Sua efetividade, contudo, depende de condições institucionais que enfrentem obstáculos organizacionais e culturais e incorporem o protocolo a políticas de educação permanente e gestão da qualidade em saúde.
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