EFICÁCIA E ADESÃO AOS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS DE LONGA DURAÇÃO EM ADOLESCENTES

Resumo

A gravidez na adolescência permanece como um importante desafio de saúde pública, associada a repercussões físicas, emocionais e sociais significativas. Nesse contexto, os métodos contraceptivos de longa duração (LARCs), como o dispositivo intrauterino e o implante subdérmico, destacam-se por sua elevada eficácia, segurança e independência do uso contínuo, fatores que favorecem a adesão e reduzem falhas associadas à utilização incorreta.  Esta revisão de literatura teve como objetivo analisar as evidências recentes sobre a eficácia e a adesão aos LARCs em adolescentes. Foi realizada uma revisão de literatura narrativa, com busca de estudos publicados entre 2015 e 2025 nas bases de dados Pubmed e BVS, utilizando os descritores “LARC”, “adolescents” e “efficacy”, que abordaram taxas de falha, continuidade de uso, perfil de efeitos adversos e satisfação das usuárias.  Os resultados apontam que os LARCs apresentam taxas de eficácia superiores a 99%, além de elevada continuidade de uso no primeiro ano, frequentemente superior à observada em métodos de curta duração. A adesão mostrou-se relacionada à conveniência, à baixa necessidade de manutenção e ao perfil favorável de efeitos colaterais, embora fatores individuais, como alterações menstruais e desconforto inicial, ainda possam influenciar a permanência no método.  Conclui-se que os métodos contraceptivos de longa duração representam a alternativa mais eficaz e segura para adolescentes, contribuindo de forma significativa para a redução da gravidez não planejada e para a promoção da autonomia reprodutiva. Sua ampliação como primeira opção contraceptiva nessa faixa etária é essencial para o fortalecimento das políticas de saúde voltadas à prevenção da gestação precoce.