ASSOCIAÇÃO ENTRE PERDA AUDITIVA E DECLÍNIO COGNITIVO: EVIDÊNCIAS CLÍNICAS E IMPLICAÇÕES PRÁTICAS
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i10.21386Palavras-chave:
Perda Auditiva. Demência. Cognição. Fatores de Risco. Reabilitação Auditiva. Otorrinolaringologia.Resumo
A perda auditiva relacionada à idade é uma das condições crônicas mais prevalentes e o principal fator de risco modificável para demência. Esta revisão narrativa, conduzida conforme PRISMA 2020, realizou buscas em PubMed/MEDLINE, LILACS e BVS entre janeiro de 2017 e agosto de 2025. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados, coortes longitudinais, revisões sistemáticas, metanálises e relatórios oficiais, resultando em 23 artigos selecionados após triagem e leitura integral. As evidências mostram que a perda auditiva quase duplica o risco de demência (RR/HR 1,9–2,4), sendo responsável por 8,2% da fração atribuível populacional na meia-idade. Os principais mecanismos propostos incluem maior carga cognitiva, privação sensorial e isolamento social. O ensaio ACHIEVE demonstrou redução de 48% no declínio cognitivo em idosos de alto risco submetidos à reabilitação auditiva, embora sem significância na amostra global. Assim, a perda auditiva deve ser entendida como condição sensorial e também como estratégia de promoção da saúde cerebral. No Brasil, a alta prevalência e o envelhecimento acelerado reforçam a urgência de políticas públicas que ampliem a triagem e o acesso à reabilitação auditiva, consolidando a Otorrinolaringologia como especialidade estratégica no envelhecimento saudável.
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