DOENÇA RENAL CRÔNICA E RISCO CARDIOVASCULAR: UMA ABORDAGEM INTEGRADA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i10.21376Palavras-chave:
Nefropatias. Fator de Risco de Doenças Cardíacas. Albuminúria. Inibidores do Transportador 2 de Sódio-Glicose.Resumo
A Doença Renal Crônica (DRC) é uma condição de alta carga global, associada não apenas à perda progressiva da função renal, mas também a um risco significativamente elevado de mortalidade cardiovascular. Estima-se que mais de 700 milhões de pessoas vivam com algum grau de DRC, com disparidades marcantes no acesso a terapias dialíticas, transplante e manejo integrado. Diretrizes internacionais, como o KDIGO 2012, estabeleceram a importância da taxa de filtração glomerular estimada e da albuminúria como preditores independentes de desfechos cardiovasculares, evidência reforçada por meta-análises colaborativas que confirmaram a relação entre declínio da função renal, albuminúria e mortalidade precoce. Do ponto de vista fisiopatológico, a interligação entre DRC e risco cardiovascular é mediada por mecanismos como ativação neuro-hormonal, inflamação crônica, estresse oxidativo e remodelamento vascular. Nos últimos anos, avanços terapêuticos transformaram o cenário clínico: os inibidores de SGLT2 reduziram a progressão da DRC e eventos cardiovasculares mesmo em pacientes sem diabetes, enquanto a finerenona e os agonistas de GLP-1 ampliaram as opções de tratamento com impacto positivo em desfechos renais e cardíacos. Paralelamente, cresce a valorização do manejo conservador e dos cuidados de suporte como parte da assistência integral, sobretudo em estágios avançados. Conclui-se que a DRC deve ser reconhecida como determinante central do risco cardiovascular global, exigindo estratégias de detecção precoce, incorporação de novas terapias e modelos de cuidado integrados que conciliem eficácia clínica, equidade e qualidade de vida.
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