DOENÇA RENAL CRÔNICA E RISCO CARDIOVASCULAR: UMA ABORDAGEM INTEGRADA

Autores

  • Rogério Augusto Perillo Universidade de Marília
  • Cristina Ferreira Leão Centro Universitário Vértice
  • Amanda Bruno da Silva Centro Universitário Vértice
  • Diego Soares Bernardo Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais
  • Gabriel Lopes da Silva Universidade Federal dos Vales

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v11i10.21376

Palavras-chave:

Nefropatias. Fator de Risco de Doenças Cardíacas. Albuminúria. Inibidores do Transportador 2 de Sódio-Glicose.

Resumo

A Doença Renal Crônica (DRC) é uma condição de alta carga global, associada não apenas à perda progressiva da função renal, mas também a um risco significativamente elevado de mortalidade cardiovascular. Estima-se que mais de 700 milhões de pessoas vivam com algum grau de DRC, com disparidades marcantes no acesso a terapias dialíticas, transplante e manejo integrado. Diretrizes internacionais, como o KDIGO 2012, estabeleceram a importância da taxa de filtração glomerular estimada e da albuminúria como preditores independentes de desfechos cardiovasculares, evidência reforçada por meta-análises colaborativas que confirmaram a relação entre declínio da função renal, albuminúria e mortalidade precoce. Do ponto de vista fisiopatológico, a interligação entre DRC e risco cardiovascular é mediada por mecanismos como ativação neuro-hormonal, inflamação crônica, estresse oxidativo e remodelamento vascular. Nos últimos anos, avanços terapêuticos transformaram o cenário clínico: os inibidores de SGLT2 reduziram a progressão da DRC e eventos cardiovasculares mesmo em pacientes sem diabetes, enquanto a finerenona e os agonistas de GLP-1 ampliaram as opções de tratamento com impacto positivo em desfechos renais e cardíacos. Paralelamente, cresce a valorização do manejo conservador e dos cuidados de suporte como parte da assistência integral, sobretudo em estágios avançados. Conclui-se que a DRC deve ser reconhecida como determinante central do risco cardiovascular global, exigindo estratégias de detecção precoce, incorporação de novas terapias e modelos de cuidado integrados que conciliem eficácia clínica, equidade e qualidade de vida.

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Biografia do Autor

Rogério Augusto Perillo, Universidade de Marília

Médico, Universidade de Marília.

Cristina Ferreira Leão, Centro Universitário Vértice

Discente, Centro Universitário Vértice.

Amanda Bruno da Silva, Centro Universitário Vértice

Discente, Centro Universitário Vértice.

Diego Soares Bernardo, Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais

Discente, Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais.

Gabriel Lopes da Silva, Universidade Federal dos Vales

Médico, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri.​

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Publicado

2025-10-09

Como Citar

Perillo, R. A., Leão, C. F., Silva, A. B. da, Bernardo, D. S., & Silva, G. L. da. (2025). DOENÇA RENAL CRÔNICA E RISCO CARDIOVASCULAR: UMA ABORDAGEM INTEGRADA. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 11(10), 1159–1167. https://doi.org/10.51891/rease.v11i10.21376