ASSOCIAÇÃO ENTRE FIBRILAÇÃO ATRIAL E SÍNDROME METABÓLICA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i10.21367Palavras-chave:
Fibrilação Atrial. Síndrome Metabólica. Fatores de Risco. Remodelamento Atrial. Arritmias Cardíacas.Resumo
A fibrilação atrial é a arritmia sustentada mais prevalente, associada a risco elevado de acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca e mortalidade. A síndrome metabólica, definida por obesidade visceral, hipertensão, resistência insulínica e dislipidemia, constitui importante fator de risco cardiometabólico. Evidências recentes indicam que a interação entre ambas as condições não é apenas aditiva, mas resulta de mecanismos fisiopatológicos interligados, envolvendo remodelamento atrial, inflamação crônica e alterações metabólicas celulares. O objetivo desta revisão sistemática foi analisar as evidências publicadas nos últimos dez anos sobre a associação entre fibrilação atrial e síndrome metabólica, destacando mecanismos compartilhados, impacto clínico e implicações terapêuticas. A busca foi realizada nas bases PubMed/MEDLINE, SciELO, LILACS e Biblioteca Virtual em Saúde, incluindo publicações entre janeiro de 2015 e setembro de 2025, sem restrição de idioma, desde que em acesso aberto. Foram incluídos estudos observacionais, experimentais e revisões sistemáticas com adultos diagnosticados com ambas as condições.Nove artigos atenderam aos critérios. Os resultados mostraram que a síndrome metabólica aumenta a incidência e a persistência da fibrilação atrial, com risco crescente conforme o acúmulo de fatores metabólicos e as transições fenotípicas ao longo do tempo. Obesidade visceral e doença hepática gordurosa associada à disfunção metabólica foram identificadas como fatores relevantes. Conclui-se que essa associação deve ser compreendida como expressão de um espectro cardiometabólico amplo, exigindo manejo integrado e intervenções precoces.
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