PERFIL DA MORTALIDADE POR LESÕES AUTOPROVOCADAS VOLUNTARIAMENTE NO BRASIL DE 2010 A 2020: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA

Autores

  • Laura Lima Souza Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Luis Felipe Barbosa da Silva Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Lucas Vinícius dos Santos Costa Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Adrian Maia Miranda Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Rui Manuel Morais de Deus Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Arthur Alexandre da Cunha Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  •  Mariana Nicoly Moura da Silva Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Fernanda Augusta Barbosa da Silva Monteiro Universidade Potiguar

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v1i2.11010

Palavras-chave:

Inquéritos Epidemiológicos, Suicídio, Sistemas de Informação em Saúde

Resumo

Lesões autoprovocadas são comportamentos nos quais uma pessoa causa danos físicos a si  mesma de forma voluntária. Esses comportamentos se apresentam em um amplo espectro e estão diretamente associados a transtornos psiquiátricos. O suicídio, por sua vez, é um grave  problema de saúde pública. Este estudo objetivou delinear um perfil epidemiológico da  mortalidade por lesões autoprovocadas nas diferentes regiões brasileiras entre os anos de 2010  e 2020. Foi conduzido um estudo descritivo com abordagem mista, analisando dados por região  no período supracitado. Os dados foram obtidos do Sistema de Informação de Mortalidade  (SIM), disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde  (DATASUS). Foram coletados os registros de óbitos por lesões autoprovocadas em todo o país  e as variáveis de interesse foram avaliadas por meio de análises descritivas. Os resultados  revelaram um aumento de 46,7% no número de óbitos por autolesão no período analisado e um  perfil epidemiológico caracterizado por uma maior prevalência de mortalidade por lesões  autoprovocadas em indivíduos do sexo masculino, na faixa etária entre 30 e 39 anos e com grau  de escolaridade entre 4 e 7 anos de estudo. Variações regionais significativas foram observadas,  com um aumento da faixa etária dos indivíduos que cometem lesões autoprovocadas seguindo  uma tendência crescente do Norte para o Sul do país, bem como diferenciações quanto à  escolaridade nas regiões Centro-Oeste e Sul. Esses resultados destacam a importância de  implementar estratégias de prevenção e políticas públicas direcionadas, considerando as  especificidades regionais, socioeconômicas e psicossociais envolvidas. Os achados deste estudo  fornecem subsídios valiosos para a redução da morbimortalidade associada a esse grave  problema de saúde pública no Brasil.

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Publicado

2024-01-03

Como Citar

Souza, L. L., Silva, L. F. B. da, Costa, L. V. dos S., Miranda, A. M., Deus, R. M. M. de, Cunha, A. A. da, … Monteiro, F. A. B. da S. (2024). PERFIL DA MORTALIDADE POR LESÕES AUTOPROVOCADAS VOLUNTARIAMENTE NO BRASIL DE 2010 A 2020: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA . Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 1(2), 426–435. https://doi.org/10.51891/rease.v1i2.11010