PERFIL DA MORTALIDADE POR LESÕES AUTOPROVOCADAS VOLUNTARIAMENTE NO BRASIL DE 2010 A 2020: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v1i2.11010Palabras clave:
Inquéritos Epidemiológicos, Suicídio, Sistemas de Informação em SaúdeResumen
Lesões autoprovocadas são comportamentos nos quais uma pessoa causa danos físicos a si mesma de forma voluntária. Esses comportamentos se apresentam em um amplo espectro e estão diretamente associados a transtornos psiquiátricos. O suicídio, por sua vez, é um grave problema de saúde pública. Este estudo objetivou delinear um perfil epidemiológico da mortalidade por lesões autoprovocadas nas diferentes regiões brasileiras entre os anos de 2010 e 2020. Foi conduzido um estudo descritivo com abordagem mista, analisando dados por região no período supracitado. Os dados foram obtidos do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram coletados os registros de óbitos por lesões autoprovocadas em todo o país e as variáveis de interesse foram avaliadas por meio de análises descritivas. Os resultados revelaram um aumento de 46,7% no número de óbitos por autolesão no período analisado e um perfil epidemiológico caracterizado por uma maior prevalência de mortalidade por lesões autoprovocadas em indivíduos do sexo masculino, na faixa etária entre 30 e 39 anos e com grau de escolaridade entre 4 e 7 anos de estudo. Variações regionais significativas foram observadas, com um aumento da faixa etária dos indivíduos que cometem lesões autoprovocadas seguindo uma tendência crescente do Norte para o Sul do país, bem como diferenciações quanto à escolaridade nas regiões Centro-Oeste e Sul. Esses resultados destacam a importância de implementar estratégias de prevenção e políticas públicas direcionadas, considerando as especificidades regionais, socioeconômicas e psicossociais envolvidas. Os achados deste estudo fornecem subsídios valiosos para a redução da morbimortalidade associada a esse grave problema de saúde pública no Brasil.
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