INCIDÊNCIA DE HOSPITALIZAÇÕES POR QUEIMADURAS NO BRASIL E NO RIO DE JANEIRO: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA ENTRE 2016 E 2020
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v8i10.7208Palabras clave:
Queimaduras. Unidades de Queimados. Prevenção de acidentes.Resumen
O baixo nível socioeconômico é um fator de risco associado a ocorrência de queimaduras e, de acordo com o coeficiente de Gini de 2010, o estado do Rio de Janeiro foi considerado o de maior desigualdade socioeconômica da região Sudeste. Diante disso, o presente estudo tem o objetivo analisar a incidência de internações hospitalares por queimaduras realizando análise comparativa entre os dados de hospitais brasileiros e do estado do Rio de Janeiro. Trata-se de estudo observacional e transversal, realizado através do levantamento de dados secundários da Morbidade Hospitalar do Sistema Único de Saúde, entre janeiro de 2016 e dezembro de 2020. No Brasil, a taxa de mortalidade foi 2.78, o sexo masculino (63,3%) e crianças de 1 a 4 anos (17,5%) foram mais acometidos. No Rio de Janeiro, a taxa de mortalidade foi 7.18, o sexo masculino (63,3%) e adultos de 20 a 29 anos (31,3%) foram os mais acometidos. A taxa de mortalidade registrada no estado foi aproximadamente 3 vezes mais elevada que a do Brasil, 2,6 vezes superior à de Hospital da Singapura e 2,3 vezes maior em relação ao Hospital de Queimaduras da China. Ademais, os gastos médicos e a média de permanência no hospital também foram maiores no Rio de Janeiro, o que corrobora, juntamente com a mortalidade, que os acidentes são mais graves no estado. Destarte, destaca-se a necessidade de aprimoramento de campanhas para prevenção de queimaduras e cuidados em primeiros socorros, principalmente no Rio de Janeiro, que denotou maior mortalidade entre as vítimas.
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