TRATAMENTO CIRÚRGICO DE CARDIOPATIAS CONGÊNITAS EM NEONATOS: AVALIAÇÃO DE RESULTADOS EM PACIENTES COM SÍNDROME DE DOWN

Resumen

Introdução: O tratamento cirúrgico de cardiopatias congênitas em neonatos representa um desafio significativo, especialmente quando se considera a presença de comorbidades como a síndrome de Down. As cardiopatias congênitas são as anomalias estruturais mais comuns do coração, afetando uma proporção significativa de recém-nascidos. Neonatos com síndrome de Down têm uma incidência mais elevada dessas condições, exigindo uma abordagem multidisciplinar para otimizar os resultados clínicos. A literatura aponta que as intervenções precoces podem melhorar substancialmente a sobrevida e a qualidade de vida desses pacientes. Objetivo: Avaliar os resultados do tratamento cirúrgico de cardiopatias congênitas em neonatos com síndrome de Down, destacando a eficácia e as complicações associadas. Metodologia: A pesquisa foi realizada conforme o checklist PRISMA, utilizando as bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science. Foram utilizados cinco descritores: Trissomia 21, Sobrevida, Qualidade de vida, Complicações e Intervenção precoce. Os critérios de inclusão abrangeram estudos publicados nos últimos 10 anos, com foco em neonatos submetidos a cirurgia cardíaca e que abordassem a síndrome de Down. Os critérios de exclusão eliminaram revisões de literatura, estudos não relacionados a neonatos e artigos que não fornecessem dados relevantes sobre os resultados clínicos. Resultados: A cirurgia cardíaca precoce melhorou a sobrevida em neonatos com síndrome de Down, embora esses pacientes apresentavam uma maior incidência de complicações pós-operatórias. Estudos indicaram que a mortalidade e a morbilidade eram mais elevadas em comparação a neonatos sem síndrome de Down, destacando a necessidade de cuidados pós-operatórios intensivos e monitoramento rigoroso. Conclusão: A análise evidenciou que, apesar dos desafios adicionais enfrentados por neonatos com síndrome de Down, o tratamento cirúrgico de cardiopatias congênitas pode ser benéfico. No entanto, é crucial considerar as particularidades dessa população para minimizar as complicações.