IMPACTO DA CIRURGIA UROLÓGICA NO TRATAMENTO DE CRIPTORQUIDIA EM PACIENTES PEDIÁTRICOS: ANÁLISE DE RESULTADOS A LONGO PRAZO

Resumen

Introdução: A criptorquidia, condição caracterizada pela não descida de um ou ambos os testículos para o escroto, é uma das anomalias genitais mais comuns em recém-nascidos e lactentes. O tratamento cirúrgico, geralmente por meio da orquidopexia, tem se mostrado essencial para prevenir complicações como infertilidade e câncer testicular. Estudos têm demonstrado que intervenções precoces podem resultar em melhor desenvolvimento funcional e psicológico dos pacientes. Entretanto, a análise dos resultados a longo prazo ainda suscita questões sobre a eficácia e as possíveis complicações associadas a essa cirurgia. Objetivo: Avaliar os resultados a longo prazo da cirurgia urológica no tratamento da criptorquidia em pacientes pediátricos. Metodologia: A pesquisa seguiu as diretrizes do checklist PRISMA e utilizou as bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science. Foram empregados cinco descritores: "criptorquidia", "orquidopexia", "pediatria", "resultados a longo prazo" e "complicações". Os critérios de inclusão abrangeram artigos publicados nos últimos 10 anos, que abordaram pacientes pediátricos submetidos a cirurgia e que apresentaram resultados a longo prazo. Por outro lado, foram excluídos estudos com amostras pequenas, revisões não sistemáticas e artigos que não tratavam de resultados cirúrgicos. Resultados: A análise revelou que a orquidopexia realizada antes dos 12 meses esteve associada a melhores resultados funcionais, incluindo taxas reduzidas de infertilidade. Além disso, observou-se uma diminuição nas complicações cirúrgicas e psicológicas, como problemas de autoestima. A maioria dos estudos evidenciou que, mesmo após a cirurgia, o acompanhamento regular é crucial para detectar possíveis anomalias. Conclusão: A cirurgia urológica para tratamento da criptorquidia em pacientes pediátricos mostrou-se eficaz e essencial, com resultados positivos a longo prazo, desde que realizada precocemente. Os dados ressaltaram a importância do manejo adequado e do acompanhamento contínuo para garantir a saúde e o bem-estar dos pacientes, além de minimizar riscos futuros. As evidências apoiaram a necessidade de intervenções cirúrgicas precoces e o monitoramento contínuo dos indivíduos afetados.