PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS À NÃO REALIZAÇÃO DE TESTAGEM ANTI-HIV ENTRE TRAVESTIS E MULHERES TRANSEXUAIS DA CIDADE DO RECIFE

Autores/as

  • Isabô Ângelo Beserra Ramalho Fundação Oswaldo Cruz
  • Iracema de Jesus Almeida Alves Jacques Fundação Oswaldo Cruz
  • Weinar Maria de Araújo Fundação Oswaldo Cruz
  • Sandra Brignol Universidade Federal Fluminense
  • Louisiana Regadas de Macedo Quinino Fundação Oswaldo Cruz
  • Naíde Teodósio Valois Santos Fundação Oswaldo Cruz
  •  Ana Maria de Brito Fundação Oswaldo Cruz

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v1i2.11090

Palabras clave:

Testes sorológicos. Travesti. HIV.

Resumen

Introdução: As mulheres transexuais e travestis apresentam alta vulnerabilidade ao HIV, sendo, portanto, consideradas populações-chaves na cadeia de transmissão do vírus. A realização da  testagem anti-HIV é uma importante estratégia para enfrentamento da epidemia, porém ainda  são observados altos percentuais de não realização do teste na população de estudo. Objetivo: Estimar a prevalência e fatores associados a não realização de testagem anti-HIV nos últimos 12 meses entre travestis e mulheres transexuais da cidade do Recife. Métodos: Estudo epidemiológico de prevalência, com abordagem de recrutamento pelo método respondent driven sampling (RDS), na cidade do Recife, entre janeiro e março de 2017. Para coleta de dados foi utilizado um questionário que abordava aspectos sociodemográficos, clínicos e comportamentais. Para análise dos dados, os valores de prevalência foram calculados  utilizando o estimador RDS-II e a associação entre o desfecho e as variáveis independentes foi  realizada utilizando o teste Qui-quadrado de Pearson. Para quantificar a força de associação entre a variável dependente e as independentes, foram obtidos os valores da Odds Ratio (OR) e seus respectivos intervalos de confiança. Resultados: Do total de 350 travestis e mulheres  transexuais recrutadas, a prevalência de não realização de testagem anti-HIV, nos últimos 12 meses anteriores a coleta de dados, foi de 56,7%. Os fatores associados a não realização de  testagem anti-HIV foram ser mulher/mulher transexual (p-valor:≤0,00; OR: 2,25; IC95%: 1,29- 3,93); não ter tentado mudar o nome em documentos oficiais (p-valor: ≤0,00; OR: 4,0; IC95%:  1,92-8,33); nunca ter sido presa (p-valor: 0,00; OR: 6,1; IC95%: 2,36-15,79) e nunca ter tomado  vacina para hepatite B (p-valor: ≤0,00; OR: 2,17; IC95%: 1,21-3,89). Conclusão: Abordagens  inovadoras para testagem ao HIV que possam ir ao encontro das necessidades da população do  estudo são necessárias para buscar intervenções centradas nas barreiras de acesso ao diagnóstico  e tratamento.

Publicado

2024-01-03

Cómo citar

Ramalho, I. Ângelo B., Jacques, I. de J. A. A., Araújo, W. M. de, Brignol, S., Quinino, L. R. de M., Santos, N. T. V., & Brito, AnaM.de. (2024). PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS À NÃO REALIZAÇÃO DE TESTAGEM ANTI-HIV ENTRE TRAVESTIS E MULHERES TRANSEXUAIS DA CIDADE DO RECIFE. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 1(2), 458–469. https://doi.org/10.51891/rease.v1i2.11090