ANÁLISIS SOCIOECONÓMICO DE LA AGRICULTURA FAMILIAR EN EL ASENTAMIENTO DOIS IRMÃOS EN MURUTINGA DO SUL (SP)
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v9i5.10141Palabras clave:
Desenvolvimento rural. Diversificação. Geração de renda.Resumen
A Microrregião de Andradina, onde a questão agrária se faz presente, é fortemente marcada pela presença de assentamentos rurais. O objetivo desse trabalho foi apresentar um estudo socioeconômico realizado no Assentamento Dois Irmãos, localizado no município de Murutinga do Sul (SP), analisando a realidade vivenciada pelas famílias assentadas, relatando as diversas formas de obtenção de renda e as oportunidades e os desafios a serem superados após o acesso à terra. A realização das entrevistas e a aplicação do questionário possibilitaram o levantamento das características das famílias assentadas. Os entrevistados demonstraram ligação com a terra e a produção na agricultura familiar. A maioria dos titulares dos lotes são do sexo masculino, casados, dois membros residentes na propriedade, idade avançada, baixo nível de escolaridade. Houve relatos de que algum membro da família trabalha fora do lote para complementação da renda, que são insuficientes. Os lotes foram adquiridos mediante permanência em acampamento, ocorrendo casos de permuta com imóveis na cidade. As famílias são assistidas pela COAPAR (Cooperativa de Produção Agropecuária dos Assentados e Pequenos Produtores), que estimula a produção de leite, principal atividade econômica do assentamento, manterem a diversificação de seus lotes e produções de hortifrutigranjeiros, comercializados pela cooperativa, para o mercado institucional através do PAA (Programa de Aquisição de Alimentos). Grande parte dos assentados alegaram que já tiveram benefício do PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) para investimento na pecuária leiteira, especialmente na aquisição de matrizes. Poucos entrevistados contratam profissionais autônomos para a prestação de serviços, procurando ao máximo utilizar a mão de obra familiar. O potencial da fruticultura no assentamento, principalmente goiaba e abacaxi, destacam-se numa boa opção para os agricultores familiares, porém faltam orientações, assistência técnica e incentivo dos órgãos públicos. Dentre as hortaliças, a batata-doce e a mandioca contribuem para o aumento da renda familiar. Todos os lotes possuem poço semi artesiano para captação de água para o abastecimento da família, das criações e dos cultivos, infraestrutura adequada para moradia, além de benfeitorias como curral, máquinas e implementos agrícolas e pocilga. Apesar da atividade leiteira ser a principal fonte de renda, os agricultores familiares possuem baixo grau de tecnificação. As principais dificuldades enfrentadas pelos assentados são a falta de assistência técnica, a elevação dos preços dos insumos agrícolas e a dificuldade de transporte da produção.
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