O LUGAR DOS SABERES LOCAIS EM MOÇAMBIQUE NA VIRADA PARADIGMÁTICA ENTRE A MODERNIDADE, PÓS-MODERNIDADE E HIPERMODERNIDADE: UMA ANÁLISE CENTRADA NOS RITOS DE INICIAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i9.21159Palavras-chave:
Moçambique. Modernidade. Ritos de Iniciação. Saberes Locais.Resumo
Neste artigo analisamos o papel dos saberes locais, com foco nos ritos de iniciação, em Moçambique, considerando a evolução paradigmática da modernidade, pós-modernidade e hipermodernidade. Exploramos como os saberes locais foram marginalizados na modernidade, ressurgindo na pós-modernidade, e se exageraram na hipermodernidade. Para atingir nosso objectivo, por meio de uma metodologia de pesquisa bibliográfica, suportada pelas técnicas de hermenêutica textual e análise comparativa, examinamos o contexto actual de Moçambique nesse espectro paradigmático, destacando que o país não adoptou completamente a modernidade, enfrentando uma coexistência complexa de valores em áreas urbanas e rurais. Os resultados revelaram que as áreas urbanas demonstram traços hipermodernos, com busca por marcas, consumo estetizado e valores de hipermodernidade. Nas áreas rurais, os valores tradicionais persistem, mas são desafiados pela modernização e urbanização. Concluímos que Moçambique está em um momento crucial de sua trajectória paradigmática, enfrentando desafios na preservação dos ritos de iniciação. Recomendamos um equilíbrio entre a promoção dos saberes locais e a adaptação às influências modernas, envolvendo a comunidade e pesquisadores no diálogo contínuo. É essencial valorizar e preservar a rica herança cultural moçambicana no contexto contemporâneo, promovendo a harmonia entre saberes locais e conhecimento moderno.
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