INCIDÊNCIA DE SÍFILIS EM GESTANTES ENTRE 2019 E 2023 NO BRASIL - UM ESTUDO TRANSVERSAL
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i6.14461Palavras-chave:
Sífilis em gestantes, Sífilis em gestantes. Transmissão vertical. Políticas de saúde pública., Transmissão vertical, Políticas de saúde públicaResumo
Introdução: A sífilis, uma infecção causada pela bactéria Treponema pallidum, representa um grave problema de saúde pública devido às suas potenciais complicações se não tratada precocemente. Transmitida principalmente por via sexual e vertical, pode afetar o feto durante a gestação, levando a consequências adversas tanto para a mãe quanto para o bebê. Apesar dos avanços nos métodos de diagnóstico e tratamento, a sífilis congênita continua sendo um desafio global, com uma incidência significativa em todo o mundo. Metodologia: O estudo adotou uma abordagem transversal e retrospectiva para investigar a incidência de sífilis em gestantes no Brasil no período de 2019 a 2023. Os dados foram coletados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e do Sistema de Informações de Agravo de Notificações (SINAN). Foram analisadas variáveis como região de notificação, ano de diagnóstico, escolaridade, faixa etária e classificação clínica. A análise dos dados foi realizada por meio de gráficos e descrições discursivas. Resultados: Durante o período estudado, o Brasil registrou um total de 324.683 casos de sífilis em gestantes, com uma distribuição geográfica desigual. A Região Sudeste foi a mais afetada, seguida pelas Regiões Nordeste, Sul, Norte e Centro-Oeste. Houve um aumento progressivo no número de casos ao longo dos anos, com o ano de 2022 apresentando a maior incidência. A análise da relação entre escolaridade e prevalência de sífilis revelou disparidades significativas, com maior incidência entre mulheres com menor nível educacional. A faixa etária de 20 a 39 anos concentrou a maioria dos casos, destacando a vulnerabilidade dessa população. Conclusão: Os resultados deste estudo destacam a gravidade da sífilis em gestantes no Brasil e a necessidade urgente de intervenções para prevenção e controle da doença. A concentração de casos em determinadas regiões e faixas etárias ressalta a importância de estratégias direcionadas para essas populações. A alta prevalência de sífilis latente e a proporção significativa de casos com classificação clínica ignorada enfatizam a importância de melhorias no diagnóstico e na notificação da doença. Esses achados reforçam a urgência de políticas públicas eficazes para enfrentar esse desafio de saúde pública e proteger a saúde das gestantes e de seus bebês.
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