LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NO BRASIL: ANÁLISE DE 2010 A 2019
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v8i5.5332Palavras-chave:
Leishmaniose. Leishmaniose cutânea. Leishmaniose mucocutânea.Resumo
A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma zoonose tropical negligenciada, causada por protozoários do gênero Leishmania e transmitida através da picada do flebotomíneo. A principal manifestação da doença é a presença de lesões cutâneas e mucosas, responsáveis pelo desenvolvimento de deformidades, o que desencadeia estigma social e sofrimento nos indivíduos acometidos. Diante disso, o presente estudo tem objetivo de analisar a epidemiologia da LTA no Brasil, entre 2010 e 2019. Foi realizado estudo observacional, retrospectivo e transversal, através do levantamento de dados secundários de Doenças e Agravos de Notificação (SINAN), obtidos no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). No período analisado foram registrados 202.652 casos no Brasil, distribuídos em todo território nacional, dos quais 72,8% ocorreram no sexo masculino e 39,2% em indivíduos de 20 a 39 anos. A ocorrência de LTA distribuída em todo o país, principalmente de forma autóctone, demonstra a adaptação dos parasitas e do vetor. Acredita-se que os homens sejam mais afetados devido a maior exposição, principalmente ocupacional. Diante do exposto, fica evidente que a LTA ainda é uma doença presente em todo território brasileiro, devendo sempre ser pensada como hipótese diagnóstica na presença de lesões compatíveis e quando houver história epidemiológica positiva. Além disso, é necessária a criação de campanhas de conscientização acerca dos fatores de risco e manifestações clínicas da doença, principalmente para homens, a fim de facilitar o diagnóstico e tratamento precoces, reduzindo a transmissibilidade e ocorrência de deformidades.
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