O APEGO EM CRIANÇAS QUE PASSAM A PRIMEIRA INFÂNCIA EM CRECHES

Autores

  • Gabriela Alcoforado Lopes Cunha Faculdade Frassinetti do Recife
  • Lucas Antônio Veríssimo de Melo Faculdade Frassinetti do Recife
  • Matheus da Gama Carneiro Netto Faculdade Frassinetti do Recife

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v8i3.4609

Palavras-chave:

Criança. Primeira Infância. Creche. Apego.

Resumo

Ao estudar o desenvolvimento infantil, a relação simbiótica mãe-bebê e a construção do Apego que se dá nesse período, surgiu o interesse de revisitar as teorias relacionadas à temática para compreender como este apego se mantém numa circunstância em que a criança é cuidada por diversas pessoas. O projeto teve como objetivo investigar, a partir da Teoria de John Bowlby, se, durante a primeira infância, crianças em creches podem apresentar dificuldades na construção dos vínculos afetivos. A metodologia utilizada baseia-se em pesquisas bibliográficas sobre os conhecimentos teóricos da Teoria do Apego e os agentes facilitadores e dificultadores de um apego saudável. Foi analisado ainda, o ambiente da creche, a compreensão de como se constitui o apego no infante e como as diferenças sociais que recaem sobre as creches podem ter uma influência na relação dos cuidadores com essas crianças.  Os resultados apontaram que a partir do momento em que a criança se vê distante de seu cuidador original e primário, entra em períodos de choros e resistências, entre outros aspectos que contribuem para um apego inseguro. Como consequências, tem-se a ansiedade em conhecer coisas e pessoas novas, a evitação e angústia para com o ambiente afora, a dificuldade em explorar situações novas, e muitas outras dificuldades com o mundo externo e até mesmo interno, já que a base sólida de exploração e apoio se encontrou ausente em grande parte do ciclo de seu desenvolvimento. É necessário o contato, a atenção, a proteção, carinho e principalmente o amor para que a relação se torne algo saudável e funcional, pois crianças deixadas desde cedo em creches, chegando de volta ao ambiente natural e familiar sem essas necessidades básicas que os pais devem prestar, terão graves dificuldades futuramente com o ambiente externo. Então, conclui-se que as crianças que são privadas de cuidados básicos dos pais, certamente terão alguma sequela. Visto isso, foi possível concluir que as relações primárias construídas na infância afetam o padrão de apego do indivíduo ao longo da sua vida, e que o rompimento desses vínculos de apego, tanto na infância, adolescência ou vida adulta, suscita transformações nas formas de se relacionar.

Biografia do Autor

Gabriela Alcoforado Lopes Cunha, Faculdade Frassinetti do Recife

Graduanda em Psicologia pela Faculdade Frassinetti do Recife. Foi Co-Autora do Projete de Pesquisa – Projeto de Vida e Visão de Futuro de Jovens do Ensino Médio de uma Escola Pública Recifense. Estagiária de Psicologia da Escola Peralta em 2021. Atualmente, Estagiária de Recursos Humanos na OCULUM Óticas e monitora da disciplina de Desenvolvimento Infância. E-mail: gabi.alc@hotmail.com.

Lucas Antônio Veríssimo de Melo, Faculdade Frassinetti do Recife

 Graduando em Psicologia pela Faculdade Frassinetti do Recife. Foi ligante da Liga Acadêmica de Psicopatologia e Transtornos Mentais (LAPT) da Uninassau. Estagiário no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) – Vicência, em 2021. Também foi estagiário em Gente & Gestão (RH) do Mundo do Cabeleireiro, em 2021. E, atualmente, estagia no setor de Gente & Gestão (RH) na TrueChange Tecnologia. E- mail: lvmelo1@hotmail.com. 

Matheus da Gama Carneiro Netto, Faculdade Frassinetti do Recife

Graduando em Psicologia pela Faculdade Frassinetti do Recife (FAFIRE). E-mail: matheus.netto10@gmail.com.

 

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Publicado

2022-03-31

Como Citar

Cunha, G. A. L. ., Melo, L. A. V. de ., & Netto, M. da G. C. . (2022). O APEGO EM CRIANÇAS QUE PASSAM A PRIMEIRA INFÂNCIA EM CRECHES. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 8(3), 517–529. https://doi.org/10.51891/rease.v8i3.4609