O APEGO EM CRIANÇAS QUE PASSAM A PRIMEIRA INFÂNCIA EM CRECHES
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v8i3.4609Palavras-chave:
Criança. Primeira Infância. Creche. Apego.Resumo
Ao estudar o desenvolvimento infantil, a relação simbiótica mãe-bebê e a construção do Apego que se dá nesse período, surgiu o interesse de revisitar as teorias relacionadas à temática para compreender como este apego se mantém numa circunstância em que a criança é cuidada por diversas pessoas. O projeto teve como objetivo investigar, a partir da Teoria de John Bowlby, se, durante a primeira infância, crianças em creches podem apresentar dificuldades na construção dos vínculos afetivos. A metodologia utilizada baseia-se em pesquisas bibliográficas sobre os conhecimentos teóricos da Teoria do Apego e os agentes facilitadores e dificultadores de um apego saudável. Foi analisado ainda, o ambiente da creche, a compreensão de como se constitui o apego no infante e como as diferenças sociais que recaem sobre as creches podem ter uma influência na relação dos cuidadores com essas crianças. Os resultados apontaram que a partir do momento em que a criança se vê distante de seu cuidador original e primário, entra em períodos de choros e resistências, entre outros aspectos que contribuem para um apego inseguro. Como consequências, tem-se a ansiedade em conhecer coisas e pessoas novas, a evitação e angústia para com o ambiente afora, a dificuldade em explorar situações novas, e muitas outras dificuldades com o mundo externo e até mesmo interno, já que a base sólida de exploração e apoio se encontrou ausente em grande parte do ciclo de seu desenvolvimento. É necessário o contato, a atenção, a proteção, carinho e principalmente o amor para que a relação se torne algo saudável e funcional, pois crianças deixadas desde cedo em creches, chegando de volta ao ambiente natural e familiar sem essas necessidades básicas que os pais devem prestar, terão graves dificuldades futuramente com o ambiente externo. Então, conclui-se que as crianças que são privadas de cuidados básicos dos pais, certamente terão alguma sequela. Visto isso, foi possível concluir que as relações primárias construídas na infância afetam o padrão de apego do indivíduo ao longo da sua vida, e que o rompimento desses vínculos de apego, tanto na infância, adolescência ou vida adulta, suscita transformações nas formas de se relacionar.
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