PANORAMA MULTIFATORIAL DO DIABETES MELLITUS TIPO 2 NA BAHIA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO COM RECORTE TEMPORAL (2010-2022)

Resumo

Introdução: O Diabetes Mellitus tipo 2 constitui-se em uma das principais doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) que impactam a saúde pública mundial, estando associado a elevados índices de morbidade, mortalidade e custos aos sistemas de saúde. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico do Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) na Bahia entre os anos 2012 e 2021. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, descritivo e analítico, com abordagem quantitativa, ecológico-descritivo utilizando dados secundários de mortalidade (SIM) e internações (SIH/SUS) acessados via DATASUS/TabNet e relatórios/boletins da Secretaria Estadual de Saúde. Foram extraídos dados por faixa etária, sexo, cor/raça, escolaridade, estado civil, local de ocorrência disponíveis. Resultados: Durante o período de 2012 a 2021 foram registrados na Bahia um total de 52.307 óbitos relacionados ao diabetes mellitus, representando uma elevação na taxa de mortalidade, ao longo do período, com pico em 2020 e 2021 e uma leve redução entre 2014 e 2015. Os óbitos foram mais frequentes na faixa etária de 60 a 69 anos (48,2%), entre as mulheres (55,5%), com uma taxa de 38 óbitos/100.000 habitantes. Além disso, a etnia parda (55,2%), e a ocorrência de óbitos em ambiente hospitalar (63,9%) foram características predominantes. Conclusão: A DM2 apresenta impacto significativo da mortalidade na Bahia em uma expressão das desigualdades por sexo, cor/raça e faixa etária; socioeconômicas é preciso fortalecer vigilância municipal e integrar dados do Hiperdia/APS.  Como também é preciso a atuação colaborativa e interprofissional favorecendo o fortalecimento do paciente, o controle glicêmico e a promoção da saúde de forma integral.