DOENÇAS PARASITÁRIAS E INFECCIOSAS QUE ATINGEM POPULAÇÕES RIBEIRINHAS EM PERÍODOS DE CHEIAS NA AMAZÔNIA BRASILEIRA: REVISÃO INTEGRATIVA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i11.22714Palavras-chave:
Amazônia, Doenças infecciosas e parasitarias, Inundações, População ribeirinha,Resumo
A dinâmica hídrica da Amazônia, marcada por cheias cíclicas, impõe às populações ribeirinhas condições ambientais que favorecem a disseminação de doenças infecciosas e parasitárias. Esse estudo realizou uma revisão integrativa de literatura, com busca sistematizada nas bases SCIELO, EBSCO, e Google Acadêmico, contemplando produções científicas publicadas entre 2014 e 2024. Dos 165 artigos identificados, 15 compuseram a amostra final após a triagem segundo critérios metodológicos e temáticos. A análise evidenciou que, durante as cheias, a interação entre fatores socioeconômicos, deficiências estruturais em saneamento básico, contaminação hídrica e práticas de armazenamento doméstico potencializa a ocorrência de agravos como doenças diarreicas agudas, giardíase, amebíase, hepatite A cólera, leptospirose e geo-helmintíases. Constatou-se ainda que o deslocamento compulsório, a perdas materiais e ruptura de redes de apoio comunitário acentuam impactos psicossociais, agravando a vulnerabilidade desses grupos. Os achados reforçam que os eventos de inundação não consistem apenas em fenômenos naturais, mas intensificadores de desigualdades estruturais, demandando políticas públicas territorializadas, fortalecimento da vigilância ambiental, educação em saúde continuada e ampliação da cobertura da atenção primária. Conclui-se que as intervenções sustentadas e intersetoriais são fundamentais para mitigar riscos, reduzir a incidência de agravos e promover condições de saúde mais equitativas entre as populações ribeirinhas amazônicas.
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