AVANÇOS NO ENTENDIMENTO TERAPÊUTICO DO TUMOR FILOIDE DE MAMA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i11.22450Palavras-chave:
Tumor Filoide. Neoplasia. Terapêutica.Resumo
O tumor filoide de mama é uma neoplasia fibroepitelial rara, responsável por aproximadamente 0,3% a 1% de todas as neoplasias mamárias. Apresenta comportamento biológico variável, podendo ser classificado em benigno, borderline ou maligno, conforme critérios histológicos da Organização Mundial da Saúde. Embora a cirurgia seja o tratamento padrão, o manejo dos subtipos borderline e maligno permanece controverso, especialmente quanto ao papel das terapias adjuvantes. Esse trabalho tem como objetivo reunir e discutir as evidências mais recentes sobre o tratamento do tumor filoide de mama, enfatizando os avanços nas abordagens cirúrgicas, uso da radioterapia, quimioterapia e o surgimento de terapias-alvo e imunoterapias. Foi realizada uma revisão de literatura narrativa, com busca de artigos publicados entre 2015 e 2025 nas bases de dados PubMed e BVS, utilizando os descritores “phyllodes tumor” e “therapy”. A cirurgia com margens livres continua sendo o principal fator prognóstico e a base do tratamento. A radioterapia adjuvante tem mostrado benefício no controle loco-regional, especialmente em tumores malignos ou recidivados, embora sem impacto definido na sobrevida global. A quimioterapia apresenta resultados limitados e controversos, sendo indicada apenas em casos selecionados. Avanços em biologia molecular têm identificado alterações genéticas, como mutações em MED12, EGFR, PDGFRA e p53, que abrem perspectivas para terapias-alvo e imunoterapias experimentais, representando uma nova fronteira no manejo individualizado. O tratamento do tumor filoide de mama ainda carece de padronização nos subtipos de maior agressividade. A cirurgia permanece como pilar terapêutico, mas o aprofundamento no entendimento molecular da doença poderá, em futuro próximo, permitir estratégias terapêuticas personalizadas, com potencial de melhorar o prognóstico e reduzir recidivas.
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