EXPOSIÇÃO AO BISFENOL A DURANTE A GESTAÇÃO E INFÂNCIA: EFEITOS COMO DISRUPTOR ENDÓCRINO NO DESENVOLVIMENTO NEUROLÓGICO E IMUNOLÓGICO
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i11.22316Palavras-chave:
Bisfenol A. Gestação. Infância. Neurodesenvolvimento. Sistema imunológico.Resumo
Os disruptores endócrinos são substâncias químicas capazes de interferir no sistema hormonal, alterando funções fisiológicas essenciais como crescimento, metabolismo, reprodução e desenvolvimento neurológico. Nesse contexto, o Bisfenol A (BPA) é um composto amplamente empregado na fabricação de plásticos policarbonatos e resinas epóxi, sendo reconhecido como um importante disruptor endócrino de impacto na saúde pública. Sua exposição é praticamente inevitável, especialmente pela presença em embalagens alimentares e utensílios de uso cotidiano, com maior preocupação em períodos críticos do desenvolvimento humano, como gestação e infância. Esta revisão integrativa teve como objetivo analisar as evidências científicas sobre os efeitos da exposição ao BPA nesses períodos, destacando suas repercussões neurológicas e imunológicas. A busca foi realizada na base PubMed®, considerando publicações entre 2015 e 2025. Os estudos selecionados apontam que mesmo baixas concentrações de BPA podem alterar a plasticidade sináptica, prejudicar funções cognitivas, promover alterações comportamentais e aumentar o risco para transtornos neurodesenvolvimentais. Além disso, foram observadas alterações na função imunológica, como modulação de citocinas, desequilíbrio na maturação de linfócitos e maior predisposição a processos inflamatórios, alergias e doenças autoimunes. Apesar de alguns estudos relatarem ausência de associação significativa, o conjunto das evidências reforça o potencial risco do BPA para populações vulneráveis e destaca a necessidade de políticas regulatórias, ações educativas e novas pesquisas longitudinais.
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