IMPACTOS NA SAÚDE MENTAL DOS ENFERMEIROS NO PÓS-PANDEMIA DO COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i10.21580Palavras-chave:
Saúde Mental. COVID-19. Enfermagem.Resumo
Introdução: Em dezembro de 2019, a OMS identificou o SARS-CoV-2, causador da COVID-19, que se espalhou rapidamente pelo mundo, configurando uma pandemia. A doença apresenta sintomas respiratórios e digestivos, podendo variar de leve a grave, com até 5% dos casos resultando em óbitos. No Brasil, a sobrecarga dos sistemas de saúde foi intensificada pela escassez de recursos e infraestrutura insuficiente. Os profissionais de saúde, especialmente os de enfermagem, enfrentaram grandes desafios, como falta de EPIs e condições de trabalho inadequadas, além de estresse e ansiedade elevados devido ao risco de contaminação e à pressão emocional do ambiente de trabalho. Objetivo: identificar os principais impactos da pandemia de COVID-19 na saúde mental dos enfermeiros. Metodologia: Este estudo adotou como metodologia a revisão integrativa da literatura, guiada pela seguinte pergunta norteadora: “Quais foram os principais impactos da pandemia de COVID-19 na saúde mental dos enfermeiros e como isso afetou sua prática profissional?”. A busca de dados foi realizada entre agosto e outubro de 2025 em duas fontes principais: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e United States National Library of Medicine (PUBMED), através das bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE). A partir da pergunta norteadora, foram utilizados descritores registrados no portal Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), combinados com o operador booleano “AND”: Saúde Mental; COVID-19; Enfermagem. Os critérios de inclusão abrangeram artigos publicados entre 2020 e 2025, nos idiomas português, espanhol e inglês, disponíveis na íntegra e que tratassem do tema proposto. Foram excluídos estudos que não abordassem a temática ou que não se enquadrassem no recorte temporal estabelecido, além de teses e monografias. Os resultados foram organizados em um quadro contendo os dados das publicações, que foram posteriormente discutidos à luz da literatura pertinente. Resultados e discussão: Os profissionais de saúde, especialmente enfermeiros, apresentaram aumento de ansiedade, depressão, estresse e exaustão emocional. Fatores associados incluem carga de trabalho excessiva, risco de contágio, uso constante de EPIs, alterações institucionais e falta de suporte psicológico. A pandemia gerou impacto profundo na saúde mental da equipe de enfermagem, evidenciando coronofobia, vulnerabilidade psicológica, desgaste emocional e dificuldades nas relações interpessoais. Estratégias de enfrentamento envolveram apoio entre colegas, autocuidado e necessidade de intervenções institucionais. CONCLUSÃO: Os enfermeiros enfrentaram desafios multidimensionais, exigindo políticas permanentes de suporte psicoemocional, valorização profissional e transformação das condições de trabalho para garantir bem-estar, segurança e manutenção da qualidade da assistência.
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