NEURONUTRIÇÃO E NEUROMODULAÇÃO ALIMENTAR: COMO O CÉREBRO REGULA FOME, COMPULSÃO E COMPORTAMENTO

Autores

  • Paulina Nunes da Silva UnB
  • Maria Vilani Oliveira Dantas Leite Universidade de Salamanca
  • Gláucia Almeida Rocha Ciulla UFLA
  • Yago de Souza Alemão
  • Jailson da Silva UNINASSAU
  • Renata Kellen Cavalgante Alexandrino HUWC
  • Patrícia Cristina da Silva Pereira Centro Universitário das Américas
  • Danielly das Graças Belarmino Centro Universitário UNA

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v11i10.21550

Palavras-chave:

Neuronutrição. Neuromodulação alimentar. Controle da fome.

Resumo

Este artigo de revisão explora como o cérebro integra sinais homeostáticos, hedônicos e cognitivos para regular fome, compulsão alimentar e comportamento alimentar, um campo emergente que chamamos de neuronutrição e neuromodulação alimentar. A partir de bases neurobiológicas, sintetizamos evidências sobre os circuitos hipotalâmicos (particularmente neurônios AgRP/NPY e POMC/CART), o tronco encefálico e a via mesolímbica dopaminérgica que medeia recompensa e motivação, além da modulação top-down de córtex pré-frontal e ínsula. Discutimos o eixo intestino-cérebro (hormônios como leptina, insulina, grelina, GLP-1 e PYY), microbiota, neuroinflamação e o papel do estresse (eixo HPA) na vulnerabilidade à hiperfagia e à compulsão. No âmbito comportamental, analisamos como ultra-processados, pistas ambientais, privação de sono e ritmos circadianos alteram a sensibilidade à recompensa e o controle inibitório. A revisão também contempla estratégias de neuromodulação e intervenções translacionais: estimulação não invasiva (TMS, tDCS) voltada a redes de controle executivo e saliência; farmacoterapia (por exemplo, agonistas de GLP-1) aliada a abordagens dietéticas (qualidade da dieta, distribuição proteica, fibras fermentáveis); e técnicas de autorregulação (neurofeedback, mindfulness e terapia cognitivo-comportamental). Por fim, propomos um modelo integrativo que conecta sinais periféricos, circuitos centrais e contexto psicossocial, destacando implicações clínicas para obesidade e transtornos alimentares, bem como lacunas metodológicas (medidas ecologicamente válidas, estratificação por endofenótipos, e desfechos de longo prazo). Ao articular mecanismos e aplicações, este trabalho oferece um arcabouço prático para profissionais de saúde e pesquisadores interessados em personalizar intervenções que visam restaurar a homeostase energética e reduzir comportamentos compulsivos.

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Biografia do Autor

Paulina Nunes da Silva, UnB

Nutricionista, mestre em Educação Física, Universidade de Brasília - UnB.

Maria Vilani Oliveira Dantas Leite, Universidade de Salamanca

Doutora em Nutrição e Saúde Pública pela Universidade de Salamanca, Espanha.

Gláucia Almeida Rocha Ciulla, UFLA

Nutricionista, Especialista em Tecnologia e qualidade de alimentos vegetais pela UFLA.

Yago de Souza Alemão

Nutricionista, Especialista em Nutrição Clínica.

Jailson da Silva, UNINASSAU

Nutricionista, UNINASSAU, campus Recife-PE.

Renata Kellen Cavalgante Alexandrino, HUWC

Nutricionista, Especialista em Nutrição Clínica, Nutrição Materno-infantil e Nutrição no paciente crítico, HUWC/Ebserh – Fortaleza-CE.

Patrícia Cristina da Silva Pereira, Centro Universitário das Américas

Nutricionista pelo Centro Universitário das Américas – FAM.

Danielly das Graças Belarmino, Centro Universitário UNA

Acadêmica de Nutrição pelo Centro Universitário UNA, Bom Despacho-MG.

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Publicado

2025-10-17

Como Citar

Silva, P. N. da, Leite, M. V. O. D., Ciulla, G. A. R., Alemão, Y. de S., Silva, J. da, Alexandrino, R. K. C., … Belarmino, D. das G. (2025). NEURONUTRIÇÃO E NEUROMODULAÇÃO ALIMENTAR: COMO O CÉREBRO REGULA FOME, COMPULSÃO E COMPORTAMENTO . Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 11(10), 2791–2807. https://doi.org/10.51891/rease.v11i10.21550