IMUNOTERAPIA NA ENCEFALITE AUTOIMUNE: ESTRATÉGIAS DE TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE RECAÍDAS, UMA REVISÃO DE LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i10.21492Palavras-chave:
Encefalite autoimune. Imunoterapia. Recaída. Rituximabe. Anti-NMDAR.Resumo
A Encefalite Autoimune (EAI) emergiu como uma etiologia prevalente de encefalite no contexto não-infeccioso, demandando uma abordagem diagnóstica rápida e precisa devido à sua fisiopatologia mediada por autoanticorpos e à natureza potencialmente reversível das lesões neurológicas. O reconhecimento da EAI, particularmente as formas soropositivas associadas a anticorpos contra antígenos de superfície neuronal, impõe a instauração imediata de terapia imunossupressora para mitigar o dano sináptico e neuronal. O presente estudo configura uma revisão sistemática de escopo de literatura publicada entre 2020 e 2025, com o objetivo primário de sistematizar e analisar criticamente as evidências mais recentes que norteiam os protocolos de intervenção terapêutica na EAI. Especificamente, o foco recai sobre a eficácia comparativa da imunoterapia de primeira linha (como corticoides, imunoglobulina intravenosa ou plasmaférese), as estratégias de escalonamento na falha do tratamento agudo e, crucialmente, o papel da terapia de manutenção na prevenção da recorrência da doença. Evidências atuais sugerem que a administração precoce do tratamento, guiada por critérios clínicos e radiológicos tempo-sensíveis, é um fator prognóstico determinante para a recuperação funcional. Além disso, a individualização da profilaxia de longo prazo, em que o Rituximabe (RTX) — um agente anti-CD20 que depleta linfócitos B — tem se mostrado particularmente eficaz, é considerada essencial.A otimização desses regimes terapêuticos é determinante para a melhoria dos desfechos neurológicos e cognitivos e para o manejo longitudinal da morbidade associada à EAI.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Categorias
Licença
Atribuição CC BY