DIAGNÓSTICO POR IMAGEM NA GRAVIDEZ ECTÓPICA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DAS EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS

Resumo

Esse artigo buscou analisar as evidências recentes sobre o papel dos exames de imagem no diagnóstico da gravidez ectópica, condição caracterizada pela implantação do embrião fora da cavidade uterina e responsável por elevada morbimortalidade materna no primeiro trimestre. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, conduzida a partir da estratégia PICOTT e das etapas metodológicas de Whittemore & Knafl (2005), adaptadas por Mendes, Silveira & Galvão (2008). A busca foi realizada nas bases PubMed/MEDLINE, SciELO, LILACS e Cochrane Library, contemplando publicações entre 2020 e 2025. Dos 343 artigos inicialmente encontrados, após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, compôs-se a amostra final com 08 estudos. Os resultados mostraram que a ultrassonografia transvaginal é o método de primeira escolha, sendo capaz de identificar sinais típicos, como massa anexial em anel e líquido livre em cavidade. A ressonância magnética se destacou como método complementar nos casos inconclusivos, permitindo caracterização precisa do saco gestacional e diferenciação entre tipos de gravidez ectópica. A tomografia computadorizada, apesar da limitação pelo uso de radiação, demonstrou aplicabilidade em casos raros de localização atípica. Conclui-se que a utilização integrada dos métodos de imagem aumenta a acurácia diagnóstica, favorece o manejo clínico adequado e contribui para reduzir complicações graves, embora desafios quanto ao acesso e padronização dos protocolos ainda se mantenham.