PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA CÁRIE DENTÁRIA E SEUS FACTORES DE RISCO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES DA ESCOLA BÁSICA DA CERÂMICA, NAMPULA, MOÇAMBIQUE
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i10.21394Palavras-chave:
Cárie dentária. Saúde bucal. Prevalência. Crianças e Adolescentes.Resumo
Introdução: A cárie dentária representa um dos principais problemas de saúde oral em todo mundo, caracterizada pela desmineralização dos tecidos dentários devido a acção do biofilme bacteriano, potencializada por factores dietéticos, socioeconômicos e comportamentais, com impacto significativo na qualidade de vida. Objectivos: Geral: Identificar a Prevalência da Cárie Dentária em Crianças e Adolescentes na Escola Básica da Cerâmica e seus Factores de Risco, de modo a assegurar a Vigilância em Saúde Bucal. Específicos: Determinar a Cárie Dentária em Dentes Decíduos e Permanentes, nas idades de 5, 6, 12 e 15 anos; Indicar os Factores de Risco da Cárie Dentária, nas idades de 5, 6, 12 e 15 anos e Estimar a Necessidade de Tratamento Dentário nas idades de 5, 6, 12 e 15 anos. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico observacional descritivo e analítico transversal de abordagem quali-quantitativa, realizado em 250 alunos, distribuídos igualmente entre crianças de 5 e 6 anos e adolescentes de 12 e 15 anos, os dados foram coletados por meio de questionários e fichas clinicas, e para análise estatística utilizou-se o teste qui-quadrado de Pearson (X2). Resultados: A prevalência de cárie foi de 30,4% (IC 95%: 24,7%-36,1%), sendo maior entre os alunos de 5 e 6 anos (20,4% [IC 95%: 13,3%-27,5%]) em comparação aos de 12 e 15 anos (10% [IC 95%: 4,8%-15,3%]). Observou-se ainda, uma discreta diferença entre gêneros, sem significância estatística (p=0,1331). Os índices ceo-d (0,888) e CPO-D (0,256) indicaram um grau de severidade muito baixo, e baixa experiência de cárie, com predomínio do componente cariado e ausência de dentes restaurados. Houve associação significativa entre dieta cariostática e cárie (p=0,0427), mas não com dieta cariogénica (p=0,2580) nem com frequência de escovagem (p=0,0945). Conclusão: Apesar dos baixos índices de cárie encontrados, a doença permanece um desafio de saúde pública, especialmente nas idades iniciais. A elevada proporção de dentes não tratados e a baixa utilização de serviços odontológicos reforçam desigualdades de acesso e evidenciam a necessidade de fortalecer políticas públicas de prevenção em saúde bucal, com foco na infância e no ambiente escolar.
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