ARBOVIROSES NO BRASIL: PADRÕES EPIDEMIOLÓGICOS, IMPACTOS EM SAÚDE PÚBLICA E DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i10.21375Palavras-chave:
Infecções por Arbovirus. Zika Vírus. Vírus Chikungunya. Dengue. Epidemiologia.Resumo
As arboviroses constituem um desafio recorrente à saúde pública no Brasil, impulsionado pela ampla circulação de Dengue, Zika e Chikungunya e pela ocorrência de epidemias sobrepostas em diferentes regiões. O surto de Zika em 2015–2016 evidenciou repercussões inéditas, como microcefalia e outras más-formações congênitas, ampliando a compreensão do impacto das arboviroses além do quadro febril autolimitado. Evidências recentes apontam ainda para o fenômeno de substituição viral, em que a circulação do Zika foi progressivamente deslocada pelo Chikungunya, bem como para a expansão espaço-temporal deste último em regiões anteriormente pouco afetadas. Estudos populacionais confirmam elevadas taxas de soroprevalência e exposição cumulativa da população brasileira, enquanto análises globais indicam que a carga de doença permanece subestimada, sobretudo em países de baixa e média renda. A emergência da Monkeypox, embora não seja uma arbovirose, reforçou desafios já conhecidos, como estigmatização social, falhas de comunicação em saúde e vulnerabilidades estruturais. O objetivo desta revisão narrativa foi analisar evidências publicadas entre 2017 e 2025 sobre a epidemiologia das arboviroses no Brasil, destacando dinâmicas de transmissão, repercussões sociais e lacunas no enfrentamento. Conclui-se que o controle efetivo exige estratégias multissetoriais, com vigilância adaptativa, fortalecimento da atenção primária, comunicação em saúde eficiente e políticas estruturais capazes de reduzir a vulnerabilidade da população.
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