ÓBITOS POR DENGUE: UMA COMPARAÇÃO ENTRE O PARANÁ E O PANORAMA NACIONAL BRASILEIRO
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i10.21331Palavras-chave:
Dengue. Óbito. Paraná.Resumo
A dengue, uma arbovirose transmitida pelo Aedes aegypti, representa um dos maiores desafios de saúde pública no Brasil desde a década de 1990. Este estudo investigou a mortalidade por dengue no Brasil entre 2020 e 2024, com foco especial no estado do Paraná, que apresentou um aumento expressivo no número de óbitos, particularmente em 2024. Utilizando dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS) e outras bases, a análise revelou disparidades regionais na mortalidade: as regiões Sudeste e Sul registraram maior número de mortes, enquanto o Norte e o Nordeste apresentaram índices mais baixos. Observou-se que a mortalidade é especialmente alta entre os idosos, o que reforça a idade como um fator de risco relevante. Além disso, ao contrário de suposições comuns, não foi encontrada correlação direta entre mortalidade e temperatura, indicando a presença de fatores adicionais na dinâmica da doença. Análises sobre sexo, raça e cor mostraram que a maioria das mortes está distribuída proporcionalmente à demografia brasileira, embora no Paraná tenha sido observada sub-representação de populações negra e parda. Os resultados sugerem a necessidade de políticas de saúde pública que considerem as especificidades regionais e demográficas, enfatizando a prevenção em grupos mais vulneráveis e a priorização de assistência em regiões com infraestrutura limitada. Conclui-se que uma abordagem multidimensional baseada em evidências é essencial para enfrentar a morbimortalidade da dengue, promovendo uma resposta de saúde pública mais eficaz e equitativa.
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