CIRURGIA ONCOLÓGICA DO TRATO DIGESTIVO ALTO EM CRIANÇAS: DESAFIOS E RESULTADOS NO TRATAMENTO DO TUMOR DE WILMS COM EXTENSÃO HEPÁTICA – REVISÃO SISTEMÁTICA

Autores

  • Flávia Mari Amorim Universidade Anhembi Morumbi
  • Helena Buglia Toni PUC-SP
  • Giovana Panhan Cabral Universidade Santo Amaro
  • Giulia Perlatto Gurian Universidade Santo Amaro
  • Gabriel Del Carlo Evangelista Universidade Santo Amar
  • Gustavo Melo Pinheiro Universidade Santo Amaro

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v11i10.21329

Palavras-chave:

Tumor de Wilms. Fígado. Hepatectomia. Cirurgia Pediátrica. Neoplasias Renais.

Resumo

Introdução: O tumor de Wilms pode apresentar extensão para o fígado e/ou sistema cava–hepático, impondo desafios de ressecabilidade, controle vascular e preservação parenquimatosa. Em centros especializados, a associação de quimioterapia neoadjuvante a ressecções hepáticas/anatômicas e trombectomia caval tem ampliado as chances de ressecção R0 com morbidade aceitável (DAVIDOFF, 2018; PRITCHARD-JONES et al., 2017).
Objetivo: Avaliar os resultados e os principais desafios cirúrgicos do trato digestivo alto (hepatectomias, ressecções não anatômicas, trombectomia cava/veias hepáticas, manobras de controle vascular) no manejo do Wilms com extensão hepática. Metodologia: Revisão sistemática conforme PRISMA e estratégia PICO. Bases: PubMed, Embase, LILACS e Scopus; período 2015–2025; crianças ≤18 anos; inclusão de séries/ coortes/ensaios com dados de técnica e desfechos (complicações, margem, sobrevida). Exclusões: duplicatas, >10 anos, conflito de interesse, ausência de desfechos. Foram identificados 172 estudos; após exclusão de 23 duplicatas, 149 foram triados. Excluíram-se 98 por inadequação temática e 7 por conflito de interesse. Cinquenta foram lidos na íntegra; 36 excluídos por dados insuficientes. Incluídos: 14 estudos.
Resultados: As séries relatam altas taxas de ressecabilidade após neoadjuvância (≈80–95%), com R0 em 63–88%, morbidade Clavien-Dindo ≥III entre 8–22% e mortalidade perioperatória baixa (0–4%). Sobrevida livre de evento em 3–5 anos variou de 58–78%, associada a margens negativas e resposta radiológica ao esquema SIOP/COG. Conclusão: A cirurgia do trato digestivo alto no Wilms com extensão hepática é viável em centros de referência, quando antecedida de quimioterapia e executada com controle vascular rigoroso, priorizando preservação parenquimatosa e ressecção R0.

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Biografia do Autor

Flávia Mari Amorim, Universidade Anhembi Morumbi

Universidade Anhembi Morumbi. 

Helena Buglia Toni, PUC-SP

Faculdade de Ciências Médicas PUC-SP. 

Giovana Panhan Cabral, Universidade Santo Amaro

Universidade Santo Amaro. 

Giulia Perlatto Gurian, Universidade Santo Amaro

Universidade Santo Amaro. 

Gabriel Del Carlo Evangelista, Universidade Santo Amar

Universidade Santo Amaro.

Gustavo Melo Pinheiro, Universidade Santo Amaro

Universidade Santo Amaro.

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Publicado

2025-10-07

Como Citar

Amorim, F. M., Toni, H. B., Cabral, G. P., Gurian, G. P., Evangelista, G. D. C., & Pinheiro, G. M. (2025). CIRURGIA ONCOLÓGICA DO TRATO DIGESTIVO ALTO EM CRIANÇAS: DESAFIOS E RESULTADOS NO TRATAMENTO DO TUMOR DE WILMS COM EXTENSÃO HEPÁTICA – REVISÃO SISTEMÁTICA. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 11(10), 876–882. https://doi.org/10.51891/rease.v11i10.21329