CORRELAÇÃO ENTRE PREMATURIDADE EXTREMA E ALTERAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO NEUROCOGNITIVO INFANTIL

Resumo

A prematuridade extrema, definida como nascimento antes das 28 semanas de idade gestacional, constitui um dos maiores desafios da neonatologia e da obstetrícia. Recém-nascidos extremamente prematuros apresentam risco elevado de morbidades neurológicas e déficits persistentes no desenvolvimento motor, cognitivo, linguístico e comportamental. Este estudo, em formato de revisão narrativa ampliada, teve como objetivo analisar as evidências científicas publicadas nos últimos 20 anos sobre a associação entre prematuridade extrema e o desenvolvimento neurocognitivo infantil. Foram revisadas publicações das bases PubMed, SciELO e LILACS, priorizando estudos longitudinais, revisões sistemáticas e ensaios clínicos relevantes. Os achados demonstram que fatores como baixo peso ao nascer, complicações hipóxico-isquêmicas, distúrbios respiratórios, além de aspectos ambientais e socioeconômicos, influenciam negativamente a trajetória neurocognitiva. Conclui-se que intervenções precoces e acompanhamento multiprofissional são fundamentais para minimizar os impactos em longo prazo.