EPIDEMIOLOGIA DA SÍFILIS CONGÊNITA NO NORTE: ANÁLISE ENTRE OS ANOS DE 2020 A 2025

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v11i9.20857

Palavras-chave:

Sífilis congênita. Epidemiologia. Saúde materno-infantil. Pré-natal.

Resumo

A sífilis congênita (SC) é uma infecção resultante da transmissão vertical do Treponema pallidum, configurando-se como relevante problema de saúde pública no Brasil. Apesar da disponibilidade de testes rápidos e da eficácia da penicilina, sua incidência permanece elevada, sobretudo na Região Norte, onde o acesso aos serviços de saúde é limitado. Este estudo objetivou analisar o perfil epidemiológico da SC na Região Norte do Brasil entre 2020 e 2024, identificando fatores associados à manutenção do agravo. Trata-se de estudo ecológico, quantitativo e descritivo, com dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN/DATASUS). Foram consideradas variáveis como faixa etária materna, escolaridade, realização de pré-natal, tratamento do parceiro, desfecho gestacional e momento do diagnóstico. No período analisado, confirmaram-se 10.266 casos de SC. O Pará concentrou o maior número de notificações (4.839), seguido pelo Amazonas (1.860). Houve predominância de gestantes jovens entre 20 e 24 anos (3.653 casos) e de mães pardas (8.228), refletindo desigualdades sociais. Apesar de 8.421 gestantes terem realizado pré-natal, 38% dos parceiros não foram tratados, favorecendo reinfecção. Ademais, 3% dos recém-nascidos tiveram diagnóstico tardio. O registro de 139 óbitos e de natimortos/abortos reforça a gravidade clínica. Conclui-se que a persistência da SC relaciona-se a desigualdades sociais, falhas na assistência pré-natal e ausência de tratamento do parceiro, exigindo políticas públicas mais efetivas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Fábio Augusto Costa Ferreira Rebouças, Universidade Veiga de Almeida

Mestre em Epidemiologia / Professor Regente das Disciplinas Epidemiologia I e II, Universidade Veiga de Almeida (UVA). 

Gabriela Cardoso de Araújo, UNIG

Discente na Universidade Iguaçu – UNIG.

Andressa Suelen Melo Brito, UNIG

Discente na Universidade Iguaçu – UNIG.

Marta Emanuelle Santos dos Santos, UNIG

Discente, Universidade Iguaçu – UNIG. 

Mariana Ferreira Alves, UNIG

Discente, Universidade Iguaçu UNIG. 

Tatiane da Fonseca Cesar, UNIG

Discente, Universidade Iguaçu UNIG.

Laiza Vitória Lima Paes Barreto, UNIG

Discente, Universidade Iguaçu UNIG. 

Lucilene Campos Marques, UNIG

Discente, Universidade Iguaçu UNIG.

Marcela de Oliveira Paes Ferreira, UNIG

Discente, Universidade Iguaçu UNIG.

Downloads

Publicado

2025-09-02

Como Citar

Rebouças, F. A. C. F., Araújo, G. C. de, Brito, A. S. M., Santos, M. E. S. dos, Alves, M. F., Cesar, T. da F., … Ferreira, M. de O. P. (2025). EPIDEMIOLOGIA DA SÍFILIS CONGÊNITA NO NORTE: ANÁLISE ENTRE OS ANOS DE 2020 A 2025. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 11(9), 354–363. https://doi.org/10.51891/rease.v11i9.20857