DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL SUBJETIVO
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i8.20755Palavras-chave:
Educação. Criança. Desenvolvimento. Primeiro Ano. Subjetividade Humana.Resumo
O presente artigo teve como objetivo central compreender como se configura o desenvolvimento subjetivo em crianças no primeiro ano do ensino fundamental, tendo como foco as relações humanas construídas na sala de aula, espaço escolhido para a realização dessa pesquisa. Para tanto, foi utilizada a Teoria da Subjetividade, em uma perspectiva cultural-histórica, e sua proposta epistemológica e metodológica. A Epistemologia Qualitativa e o método construtivo-interpretativo, concebidos por González Rey, para estudar as crianças que se desenvolvem e as suas articulações ao processo configuracional da subjetividade humana. No curso da pesquisa, foram abarcados elementos, que integravam o cotidiano da sala de aula, bem como que traziam a história de vida fora do contexto escolar e a cultura, cuja compreensão emergiu nas produções subjetivas das crianças participantes, as duas com sete anos de idade, que enfrentavam desafios relacionais, isolando-se ou desinteressando-se diante das atividades propostas em sala de aula. Os instrumentos utilizados foram, principalmente, as dinâmicas conversacionais e as sessões interativas diversas. De modo geral, a configuração subjetiva do desenvolvimento, que foi sendo gerada a partir das relações afetuosas, dialógicas, entre a pesquisadora, as crianças e a professora na sala de aula, permitiu compreender os diferentes posicionamentos dos participantes, que passavam a ser ativos, que conquistavam espaço na sala de aula, que estabeleciam amizades e que se engajavam nas atividades propostas, com significativo avanço em relação à aprendizagem da leitura e da escrita. Diante disso, foi possível avançar em relação à dicotomia que se depreende em diferentes teorias que estudam processos de desenvolvimento em crianças, notadamente no que tange à articulação dos processos educativos e de ensino- aprendizagem escolar. Além do mais, provocar algumas reflexões teóricas a respeito da sala de aula, como um espaço social e de desenvolvimento subjetivo, e da sua importância além da assimilação de conteúdo. De igual maneira, mostrar a relevância do diálogo e da qualidade das relações neste espaço. Ainda propõe avanços no que concerne às representações teóricas e epistemológicas existentes sobre o tema do desenvolvimento infantil e sua relação com processos educativos escolares, com aprofundamento na discussão da processualidade das experiências da criança e das produções próprias que emergem no curso de suas ações, que podem gerar novos elementos ao seu desenvolvimento subjetivo no contexto escolar.
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