CUIDADOS PALIATIVOS AO PACIENTE PEDIÁTRICO: DESAFIOS E PERCEPÇÕES DO ENFERMEIRO

Resumo

Doenças graves na infância impactam profundamente tanto o bem-estar físico quanto o emocional da criança e de sua família, gerando sofrimento multifacetado. Diante disso, os cuidados paliativos pediátricos surgem como uma abordagem humanizada e multidisciplinar voltada à promoção do conforto e da qualidade de vida. Diferente da medicina curativa, essa abordagem reconhece os limites terapêuticos e prioriza o alívio do sofrimento físico, emocional, social e espiritual. No entanto, os cuidados paliativos pediátricos ainda enfrentam desafios como o acesso restrito, a escassez de recursos e a insuficiente capacitação dos profissionais, especialmente da enfermagem, cuja atuação é essencial na avaliação e controle de sintomas, além do suporte emocional à criança e à família. Esta pesquisa, de natureza bibliográfica e qualitativa, analisou estudos publicados entre 2019 e novembro de 2024, com base em três categorias: abordagens e intervenções em cuidados paliativos pediátricos; contribuições desses cuidados na qualidade de vida; e sua eficácia na redução do sofrimento. Os resultados apontam que intervenções como manejo da dor, musicoterapia e suporte psicossocial são fundamentais. A atuação da enfermagem destaca-se pelo vínculo próximo com o paciente e a família, promovendo acolhimento e comunicação sensível. Além disso, os cuidados paliativos demonstram impacto significativo na redução do sofrimento e na melhoria da qualidade de vida. A pesquisa evidencia a importância da expansão e fortalecimento desses serviços, bem como a necessidade de formação específica para os profissionais. Conclui-se que o cuidado integral, ético, empático e compassivo é essencial para garantir dignidade e conforto às crianças em situações de vulnerabilidade extrema.