SAÚDE DO HOMEM: A INVISIBILIDADE DO HOMEM NAS OFERTAS DE SAÚDE: REVISÃO DE LITERATURA

Resumo

Introdução: A invisibilidade da população masculina nas ofertas de saúde, especialmente na Atenção Primária à Saúde (APS), reflete uma problemática influenciada por fatores socioculturais, como o machismo e a resistência ao autocuidado, que resultam na baixa procura dos homens por serviços preventivos. A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH), instituída em 2009, buscou enfrentar essas questões, mas desafios como estigmas culturais e abordagens insuficientes persistem, limitando a efetiva inclusão desse público nos serviços de saúde. Metodologia: Tratou-se de uma revisão integrativa da literatura, com o objetivo de responder à pergunta norteadora: “Quais são os fatores que contribuem para a invisibilidade dos homens nas ofertas de saúde?”. O levantamento bibliográfico foi realizado na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando bases de dados como LILACS, MEDLINE e BDENF. Os critérios de inclusão consideraram publicações completas, disponíveis em português, dos últimos cinco anos. Foram excluídas teses e monografias. Os dados coletados foram analisados e passaram por uma triagem. Os estudos selecionados foram organizados em tabelas e quadros, sendo posteriormente discutidos. Resultados e discussões: A baixa adesão dos homens aos serviços de saúde está relacionada a fatores como o papel social de provedor, a incompatibilidade de horários com o trabalho, estigmas de gênero, desconforto nos ambientes de cuidado, e falhas no sistema. Estratégias como atendimentos noturnos, ações educativas e fortalecimento da PNAISH são essenciais para promover o acesso e o cuidado integral à saúde masculina. Conclusão: A enfermagem desempenha papel essencial na saúde pública masculina, promovendo prevenção e educação por meio da Estratégia Saúde da Família. O estudo destaca a necessidade de sensibilizar e capacitar profissionais para melhorar o cuidado ao homem, com foco na superação da invulnerabilidade e fortalecimento do autocuidado. É necessária a reestruturação dos serviços, capacitação e comprometimento dos gestores para garantir o acesso ao cuidado preventivo.