A INFLUÊNCIA DA PANDEMIA DE COVID-19 NA VACINAÇÃO CONTRA A POLIOMIELITE: UMA ANÁLISE DE 2019 A 2022
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i11.17187Palavras-chave:
Poliomielite. Vacina Contra Poliovírus. Vacinação. Covid-19.Resumo
Introdução: A poliomielite, uma infecção viral aguda causada pelo poliovírus, afeta principalmente crianças menores de cinco anos e pode levar à paralisia flácida aguda e, em casos graves, à morte. A vacinação com a Vacina Oral Poliomielite (VOP) e a Vacina Inativada Poliomielite (VIP) é crucial para a prevenção da doença, mas a pandemia de COVID-19 impactou negativamente a cobertura vacinal, levando a uma redução nas taxas de imunização globalmente. Objetivo: O estudo visa analisar o impacto da pandemia de COVID-19 na cobertura vacinal contra a poliomielite no Brasil de 2019 a 2022, identificando variações regionais e tendências, e propor melhorias para as estratégias de imunização. Métodos: O estudo, de natureza quantitativa descritiva e do tipo série temporal, analisou dados secundários do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI), disponibilizados pelo DATASUS, sobre a imunização contra poliomielite no Brasil. Os dados, coletados em julho de 2024, abrangem o período pré-pandêmico (2019) e pandêmico (2020-2022). Foram analisadas variáveis como cobertura vacinal, regiões geográficas, anos e esquemas vacinais (VIP, VOP 1º e 2º reforço). A análise descritiva incluiu cálculos de médias e identificação de tendências de variação anual da cobertura vacinal por região, além de comparações regionais.Resultados: Entre 2019 e 2022, a cobertura vacinal da poliomielite no Brasil apresentou variações regionais. A Região Sul teve a maior média, enquanto a Região Norte registrou a menor. Para o 1º reforço, a cobertura caiu de 74,62% para 60,50% antes de uma leve recuperação; já para o 2º reforço, a média nacional foi de 64,46%, com a Região Sul destacando-se. É necessário implementar estratégias regionais, especialmente no Norte e Nordeste, para melhorar os índices. Discussão: A vacinação infantil é essencial para prevenir a poliomielite, mas enfrenta desafios. A pandemia de COVID-19 prejudicou a cobertura vacinal, ampliando desigualdades e hesitação vacinal. Em 2021, 80% das crianças no mundo receberam três doses da vacina, enquanto 25 milhões não completaram o esquema primário, com maior impacto em áreas rurais e países de renda média. Conclusão: Para manter a erradicação da poliomielite, é fundamental adaptar políticas de vacinação para enfrentar desafios, reduzir desigualdades no acesso e promover a conscientização sobre a importância das vacinas.
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