COMPLICAÇÕES DO USO DO POLIMETILMETACRILATO (PMMA) NA HARMONIZAÇÃO CORPORAL
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i11.16611Palavras-chave:
Harmonização Corporal. Complicações. Polimetilmetacrilato (PMMA). Preenchedores Dérmicos. Agência nacional de vigilância sanitária.Resumo
Este estudo investiga as complicações associadas ao uso do Polimetilmetacrilato (PMMA) na prática de procedimentos estéticos corporais. A utilização do PMMA como agente preenchedor tem sido relacionada a diversas complicações, tais como inflamação crônica, reações alérgicas, formação de granulomas e até mesmo necrose tecidual. O texto analisa de maneira crítica a literatura existente sobre o tema, evidenciando os desafios e riscos enfrentados pelos profissionais de saúde que empregam o PMMA em procedimentos estéticos. Também são abordadas estratégias para prevenir e gerenciar essas complicações, visando aprimorar a segurança e os resultados clínicos para os pacientes submetidos a esses procedimentos. A divulgação de complicações graves decorrentes do uso inadequado de PMMA é uma preocupação tanto médica quanto regulatória no Brasil. Entidades médicas como o CFM e a SBCP alertam para os riscos associados e ressaltam a importância de procedimentos seguros realizados por profissionais qualificados. No entanto, a prática irregular persiste, resultando em complicações como inflamação, infecções e deformidades. Apesar da responsabilidade da Anvisa em regulamentar, a prática clandestina permanece, representando um sério risco para a saúde pública. Por fim, este estudo relata um caso de necrose extensa na região glútea causado por administração de PMMA por profissional não qualificado. Este estudo também avaliou a situação atual de aplicação desse produto no Brasil, um país emergente, a partir de diretrizes estabelecidas pelas sociedades médicas e pela recente revisão da literatura nacional. A despeito das medidas adotadas pelas sociedades médicas, inúmeras complicações agudas e crônicas associadas à administração de PMMA foram reportadas na literatura brasileira. Em 2016, mais de 17.000 casos de complicações foram relatados. Entretanto, muitas vezes é difícil obter dados epidemiológicos confiáveis, uma vez que o número de aplicações, a qualidade do produto e a qualificação do profissional não são devidamente regulados. Observa-se no contexto brasileiro uma demanda considerável por intervenções reparadoras para tratar complicações decorrentes do uso de PMMA. A gravidade do caso mencionado destaca a urgência de enfrentar a prática inadequada por profissionais não habilitados, reforçando a necessidade de regulamentação mais rigorosa na comercialização do produto por parte das entidades reguladoras.
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