USO DE ANTICOAGULANTES EM PACIENTES COM FIBRILAÇÃO ATRIAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DAS DIRETRIZES CLÍNICAS
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i10.16173Palavras-chave:
Anticoagulantes. Fibrilação atrial. Diretrizes clínicas.Resumo
Introdução: A fibrilação atrial (FA) é a arritmia cardíaca mais comum e está associada a um risco aumentado de acidente vascular cerebral (AVC) e complicações tromboembólicas. O uso de anticoagulantes é amplamente recomendado para prevenir esses eventos, mas as diretrizes clínicas têm evoluído ao longo do tempo, especialmente com a introdução dos novos anticoagulantes orais (NOACs). Objetivo: O objetivo desta revisão integrativa é analisar e comparar as diretrizes clínicas mais recentes sobre o uso de anticoagulantes em pacientes com fibrilação atrial, considerando a eficácia, segurança e recomendações para anticoagulantes tradicionais e novos. Metodologia: Foi realizada uma busca nas bases de dados PubMed, Scopus e Cochrane para identificar diretrizes publicadas entre 2015 e 2023 que tratam do manejo de anticoagulação em pacientes com FA. Foram incluídas diretrizes de sociedades como a American Heart Association (AHA), European Society of Cardiology (ESC) e outras relevantes. A análise foi conduzida comparando recomendações sobre o uso de antagonistas da vitamina K (como varfarina) e NOACs, além de critérios de escolha de terapia, como o escore CHA2DS2-VASc. Resultados e Discussão: A revisão incluiu seis diretrizes principais, que destacam a superioridade dos NOACs em termos de redução de eventos tromboembólicos e menor risco de hemorragias graves em comparação aos antagonistas da vitamina K. As diretrizes da ESC e AHA sugerem que NOACs sejam a primeira escolha para a maioria dos pacientes com FA não valvular, especialmente aqueles com risco moderado a alto de AVC. A varfarina ainda é recomendada em pacientes com valvopatias e próteses mecânicas. Além disso, as diretrizes ressaltam a importância de individualizar a terapia com base em fatores como idade, função renal e risco de sangramento, utilizando ferramentas como o escore HAS-BLED. Conclusão: As diretrizes clínicas mais recentes favorecem o uso de NOACs como tratamento padrão em pacientes com fibrilação atrial devido à sua eficácia e perfil de segurança superior. A escolha do anticoagulante deve ser individualizada, considerando as comorbidades e os riscos de cada paciente. A adoção de diretrizes baseadas em evidências é essencial para melhorar os desfechos clínicos e reduzir complicações associadas à FA.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Categorias
Licença
Atribuição CC BY