A EFICÁCIA DAS VACINAS EM POPULAÇÕES IMUNOCOMPROMETIDAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Autores

  • Vitória Cunha Silva Centro Universitário FIPMoc
  • José Euricles da Silva Neto Universidade Federal do Mato Grosso
  • Hestefany Tawana Gaiovski Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz
  • Gustavo Monteiro de Souza Universidade Federal de Mato Grosso

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v1i01.16097

Palavras-chave:

Imunocomprometidos. Vacinas. Eficácia.

Resumo

Introdução: Populações imunocomprometidas, como pacientes com doenças autoimunes, câncer, HIV ou aqueles submetidos a transplantes, apresentam maior vulnerabilidade a infecções devido à supressão imunológica. O uso de vacinas nessas populações é uma estratégia crucial para a prevenção de doenças infecciosas graves. No entanto, a eficácia das vacinas pode ser comprometida, e os riscos e benefícios devem ser cuidadosamente avaliados. Objetivo: O objetivo desta revisão integrativa é avaliar as evidências disponíveis sobre a eficácia das vacinas em populações imunocomprometidas, considerando fatores como tipo de vacina, nível de imunossupressão e resposta imunológica. Metodologia: Foi realizada uma busca sistemática nas bases de dados PubMed, Scopus, Cochrane e Lilacs para identificar estudos publicados entre 2010 e 2023 que investigaram a eficácia de vacinas em indivíduos imunocomprometidos. Foram incluídos ensaios clínicos, estudos de coorte e revisões sistemáticas que abordaram a resposta imunológica e a proteção conferida por vacinas como a influenza, pneumocócica, hepatite B e COVID-19 nessas populações. A análise foi conduzida por meio de síntese narrativa. Resultados e Discussão: A revisão incluiu 32 estudos, que evidenciaram que, embora as respostas imunológicas sejam geralmente reduzidas em imunocomprometidos, vacinas como a da influenza e COVID-19 ainda demonstram benefícios significativos na redução de hospitalizações e gravidade da doença. Pacientes com HIV e aqueles em tratamentos de câncer responderam melhor a vacinas inativadas, enquanto indivíduos submetidos a transplantes ou com uso prolongado de imunossupressores apresentaram respostas vacinais mais limitadas. A coadministração de adjuvantes ou doses de reforço mostrou-se eficaz em aumentar a imunogenicidade em alguns casos, destacando a necessidade de esquemas vacinais personalizados para esses pacientes. Conclusão: As vacinas desempenham um papel vital na proteção de populações imunocomprometidas, embora sua eficácia possa ser reduzida. A adoção de estratégias adaptadas, como doses de reforço ou o uso de vacinas adjuvantes, é recomendada para melhorar as respostas imunológicas. Mais estudos são necessários para determinar esquemas vacinais ideais em diferentes grupos imunocomprometidos, garantindo uma maior proteção contra infecções graves.

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Publicado

2024-10-09

Como Citar

Silva, V. C., Silva Neto, J. E. da, Gaiovski , H. T., & Souza, G. M. de. (2024). A EFICÁCIA DAS VACINAS EM POPULAÇÕES IMUNOCOMPROMETIDAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 1(01), 18. https://doi.org/10.51891/rease.v1i01.16097