TERAPIAS IMUNOMODULADORAS NO TRATAMENTO DE DOENÇAS AUTOIMUNES: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE EVIDÊNCIAS CLÍNICAS
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v1i01.15996Palavras-chave:
Doenças autoimunes. Imunomodulação. Terapias biológicas.Resumo
Introdução: Doenças autoimunes surgem de uma resposta imune desregulada em que o sistema imunológico ataca os próprios tecidos do corpo. Essas doenças, como lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide e esclerose múltipla, apresentam grande variabilidade em seus sintomas e gravidade. Nos últimos anos, as terapias imunomoduladoras têm emergido como uma abordagem promissora para controlar a progressão dessas doenças e melhorar a qualidade de vida dos pacientes, atuando diretamente na modulação da resposta imune. Objetivo: Esta revisão integrativa tem como objetivo analisar as evidências clínicas sobre a eficácia das terapias imunomoduladoras no tratamento de doenças autoimunes, com foco em seus mecanismos de ação, segurança e resultados clínicos. Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa nas bases de dados PubMed, Scopus e Web of Science, abrangendo estudos publicados entre 2012 e 2023. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados, revisões sistemáticas e estudos de coorte que avaliaram a eficácia de terapias imunomoduladoras, como inibidores de citocinas, moduladores de células T e B e agentes biológicos. No total, 35 estudos foram selecionados para análise detalhada. Resultados e Discussão: As terapias imunomoduladoras mostraram-se eficazes em reduzir a atividade da doença e os sintomas clínicos em várias doenças autoimunes. Inibidores de citocinas, como os anti-TNF e anti-IL-6, foram eficazes no tratamento de artrite reumatoide e doença de Crohn, melhorando a inflamação e retardando a progressão da doença. Modificadores de células T e B, como o rituximabe, apresentaram bons resultados no manejo de doenças como lúpus e esclerose múltipla, com redução significativa nas taxas de recaída. No entanto, os estudos também destacam desafios relacionados à imunossupressão prolongada, incluindo o aumento do risco de infecções e malignidades. A necessidade de monitoramento rigoroso e a personalização das terapias para otimizar os resultados e minimizar os efeitos adversos são aspectos cruciais. Conclusão: As terapias imunomoduladoras têm mostrado grande potencial no manejo de doenças autoimunes, oferecendo uma abordagem eficaz para controlar a progressão da doença e melhorar os desfechos clínicos. No entanto, sua eficácia a longo prazo e os riscos associados à imunossupressão exigem um cuidado contínuo e estratégias de tratamento personalizadas.
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