INTERVENÇÕES CIRÚRGICAS PARA FÍSTULAS OBSTÉTRICAS EM PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO: DESAFIOS NA REABILITAÇÃO GINECOLÓGICA E UROLÓGICA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i10.15903Palavras-chave:
Fístula obstétrica. Intervenção cirúrgica. Reabilitação ginecológica. Reabilitação urológica e países em desenvolvimento.Resumo
Introdução: As fístulas obstétricas representam um grave problema de saúde pública em países em desenvolvimento, frequentemente resultantes de partos obstruídos. Essas condições podem causar não apenas sérios danos físicos, como incontinência urinária e complicações ginecológicas, mas também impactos sociais profundos, como estigmatização e exclusão. A reabilitação ginecológica e urológica após intervenções cirúrgicas é um componente crucial no tratamento dessas fístulas, porém enfrenta diversos desafios, incluindo a escassez de recursos, a falta de capacitação profissional e barreiras culturais que dificultam o acesso aos cuidados necessários. Objetivo: Explorar as intervenções cirúrgicas para fístulas obstétricas e os desafios associados à reabilitação ginecológica e urológica em contextos de países em desenvolvimento. Metodologia: A pesquisa foi realizada com base no checklist PRISMA, abrangendo artigos publicados nos últimos 10 anos nas bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science. Foram utilizados cinco descritores: “fístula obstétrica”, “intervenção cirúrgica”, “reabilitação ginecológica”, “reabilitação urológica” e “países em desenvolvimento”. Os critérios de inclusão consistiram em: estudos que abordaram intervenções cirúrgicas para fístulas obstétricas, artigos que analisaram a reabilitação ginecológica e urológica, e publicações em inglês, português ou espanhol. Por outro lado, os critérios de exclusão foram: artigos que não abordaram o contexto de países em desenvolvimento, estudos com foco em fístulas não obstétricas e revisões não originais. Resultados: Os resultados destacaram que, apesar dos avanços nas técnicas cirúrgicas, a reabilitação enfrenta desafios significativos, como a necessidade de programas de acompanhamento adequados e a resistência cultural a intervenções urológicas. Além disso, foram identificados gaps na formação de profissionais de saúde, limitando a eficácia do tratamento. Os pacientes frequentemente relataram dificuldades emocionais e sociais que impactaram sua recuperação. Conclusão: Em síntese, as intervenções cirúrgicas para fístulas obstétricas, embora essenciais, não são suficientes sem uma abordagem abrangente de reabilitação ginecológica e urológica. Para melhorar os desfechos, é necessário investir em capacitação profissional e conscientização comunitária, promovendo uma recuperação holística para as mulheres afetadas por essas condições desafiadoras.
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