IMPACTO DO DIABETES MELLITUS NA INTERNAÇÃO E MORTALIDADE DE IDOSOS NO BRASIL: UM ESTUDO DE 2019 A 2023

Autores

  • Ana Cecilia Hildebrand Seyboth Faculdade Assis Gurgacz
  • Marise Vilas Boas Pescador Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v10i7.14823

Palavras-chave:

Complicações do Diabetes. Diabetes Mellitus. Epidemiologia. Hospitalização.

Resumo

: O envelhecimento populacional tem aumentado as internações por diabetes mellitus entre os idosos, sendo o diabetes tipo 2 (DM2) prevalente devido à associação com obesidade e resistência à insulina. Idosos com diabetes apresentam maior risco de mortalidade em razão das complicações e desafios adicionais de saúde, como politerapia e problemas funcionais e cognitivos. Este estudo teve como objetivo analisar as internações e óbitos por diabetes mellitus na população idosa em diferentes regiões do Brasil, utilizando dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS) de 2019 a 2023. As variáveis consideradas incluíram internações, ano, região geográfica, caráter do atendimento, óbitos, taxa de mortalidade, média de permanência, sexo, custo médio e total. A análise revelou que, entre 2019 e 2023, as internações variaram significativamente por região, com Nordeste e Sudeste registrando os números mais altos, 118.600 e 118.239 casos, respectivamente. Houve uma tendência leve de aumento na região Norte e quedas nas regiões Sul e Centro-Oeste ao longo desse período. As internações eletivas aumentaram, enquanto as de urgência diminuíram, especialmente em 2020, possivelmente influenciadas pela pandemia de COVID-19. O Sudeste liderou em número de óbitos, com 7.929 casos, seguido pelo Nordeste, destacando variações nas taxas de mortalidade entre as regiões. Os custos médios das internações foram mais altos no Sudeste e mais baixos no Nordeste, refletindo disparidades regionais. A pandemia impactou todas as regiões, influenciando as tendências de internação de forma relevante, exceto no Centro-Oeste, onde as mudanças foram menos evidentes estatisticamente. Estudos adicionais corroboraram a alta prevalência de diabetes em idosos, indicando que mais da metade das internações por diabetes ocorrem em pessoas acima de 60 anos. O manejo farmacológico da condição inclui a metformina devido à sua eficácia e segurança, enquanto inibidores da DPP-IV requerem ajustes conforme a função renal, e sulfonilureias são iniciadas com doses conservadoras. Complicações como retinopatia, nefropatia e neuropatia periférica, especialmente no contexto do pé diabético, contribuem significativamente para hospitalizações e morbidade entre os idosos. A pandemia de COVID-19 exacerbou esses desafios, limitando o acesso aos cuidados e aumentando o risco de complicações graves, como infecções pulmonares e mortalidade elevada entre idosos diabéticos. Diante disso, ressalta-se a necessidade de formulação de políticas de saúde que abordem o controle da diabetes na população idosa brasileira, especialmente durante crises sanitárias como a pandemia de COVID-19. Estratégias integradas de saúde pública são essenciais para mitigar complicações graves, promovendo o diagnóstico precoce e manejo eficaz da condição.

 

Biografia do Autor

Ana Cecilia Hildebrand Seyboth, Faculdade Assis Gurgacz

Acadêmica do curso de Medicina, Centro Universitário da Fundação Assis.

Marise Vilas Boas Pescador, Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz

Orientadora do curso de medicina, Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz. Mestre em Saúde da Criança e do Adolescente pela UFPR.

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Publicado

2024-07-08

Como Citar

Seyboth, A. C. H., & Pescador, M. V. B. (2024). IMPACTO DO DIABETES MELLITUS NA INTERNAÇÃO E MORTALIDADE DE IDOSOS NO BRASIL: UM ESTUDO DE 2019 A 2023. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 10(7), 1158–1169. https://doi.org/10.51891/rease.v10i7.14823