OS TIPOS DE ESTRABISMO E AS TÉCNICAS CIRÚRGICAS INDICADAS PARA SEU TRATAMENTO
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v9i10.11919Palavras-chave:
Estrabismo. Cirurgia. Técnicas. Resultados. Complicações.Resumo
O estrabismo é um distúrbio ocular que se caracteriza pelo desalinhamento dos olhos, que não conseguem fixar o mesmo ponto ao mesmo tempo. O estrabismo pode afetar a visão, a autoestima e a qualidade de vida das pessoas que sofrem com esse problema. Existem diferentes tipos de estrabismo, que podem ser classificados de acordo com a direção, a frequência, a causa e a gravidade do desvio ocular. Os principais tipos de estrabismo são: estrabismo convergente, estrabismo divergente, estrabismo vertical, estrabismo paralítico, estrabismo acomodativo, estrabismo intermitente, pseudo estrabismo e estrabismo latente. O tratamento do estrabismo depende do tipo, da causa, da idade e da preferência do paciente. Seu foco é restaurar o alinhamento dos olhos, a visão binocular, a estética e a qualidade de vida. As principais formas de tratamento são: óculos ou lentes de contato, tampão ou colírio, exercícios de fisioterapia ocular e cirurgia. Objetivo: analisar os tipos de estrabismo e as técnicas cirúrgicas indicadas para seu tratamento, bem como os resultados, as complicações e a satisfação dos pacientes submetidos ao procedimento. Metodologia: baseada no checklist PRISMA. Foram consultadas as bases de dados PubMed, Scielo, Web of Science, utilizando os seguintes descritores: strabismus, surgery, techniques, results, complications. Foram selecionados artigos publicados nos últimos 10 anos, em português, inglês ou espanhol, que abordassem o estrabismo e as técnicas cirúrgicas em seus aspectos clínicos e científicos. Os critérios de inclusão foram: artigos originais, revisões, relatos de caso, séries de casos, que apresentassem dados sobre os tipos de estrabismo, as técnicas cirúrgicas, os resultados, as complicações e a satisfação dos pacientes submetidos à cirurgia. Os critérios de exclusão foram: artigos duplicados, artigos que não abordassem o estrabismo e as técnicas cirúrgicas em seus aspectos clínicos e científicos, artigos que não apresentassem dados suficientes ou confiáveis, artigos que não fossem relevantes para o tema. Resultados: Foram selecionados 16 estudos. As técnicas de recessão consistem em afastar o músculo ocular do limbo escleral, diminuindo a sua força de tração. As técnicas de ressecção consistem em encurtar o músculo ocular, aumentando a sua força de tração. As técnicas podem ser combinadas entre si, ou com outras técnicas, como transposição, ajuste, fenda, entre outras, dependendo do tipo e do grau de estrabismo. A cirurgia pode corrigir o desvio ocular, melhorar a visão binocular, a estereopsia, a acuidade visual, a sensibilidade ao contraste, a percepção de profundidade, a orientação espacial, a coordenação motora, a leitura, a aprendizagem, entre outros aspectos. A cirurgia também pode melhorar a aparência dos olhos, a autoestima, a qualidade de vida e a integração social dos pacientes. A taxa de sucesso da cirurgia varia de acordo com o tipo e o grau de estrabismo, mas pode chegar a 90% em alguns casos. Conclusão: A conclusão desta revisão é que as técnicas cirúrgicas para o tratamento do estrabismo são procedimentos seguros e eficazes, que podem trazer benefícios tanto funcionais quanto estéticos para os pacientes que apresentam desalinhamento dos olhos. A cirurgia pode corrigir o desvio ocular, melhorar a visão binocular, a estética e a qualidade de vida dos pacientes, com baixo índice de complicações e alto grau de satisfação. No entanto, é importante que os pacientes sejam bem orientados sobre as indicações, os riscos, os resultados e as limitações das técnicas cirúrgicas, e que escolham um profissional qualificado e experiente para realizar o procedimento.
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