ANALISANDO A DOENÇA DE ALZHEIMER NO SEXO FEMININO: UMA REVISÃO CRÍTICA DA LITERATURA

Autores

  • Guilherme Henrique Louzada de Souza Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Iara Carlin Torres Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v9i8.11034

Palavras-chave:

Doença de Alzheimer. Epidemiologia. Saúde da mulher.

Resumo

A doença de Alzheimer (DA) é uma condição neurodegenerativa amplamente prevalente em todo o mundo, afetando ambos os sexos, sendo a principal causa de declínio cognitivo e perda da capacidade funcional. Este artigo faz uma revisão crítica dos aspectos específicos da DA no sexo feminino, enfatizando as razões subjacentes às disparidades de gênero e suas implicações clínicas e sociais. Foi realizada uma revisão integrativa utilizando as bases de dados PubMed, SciELO e Google Scholar com os termos de busca "Alzheimer Disease" AND "dementia" OR "sex". Dos 19.900 artigos identificados inicialmente, 12 estudos atenderam aos critérios de inclusão, incluindo artigos em inglês publicados entre 2002 e 2023, que abordaram a DA em mulheres e seus aspectos epidemiológicos e clínicos. A prevalência da DA apresenta disparidades significativas de gênero, com uma notável predominância no sexo feminino. Embora o risco nas fases iniciais seja comparável ou ligeiramente maior em homens, as mulheres têm um risco mais elevado de sintomas clínicos graves à medida que a doença progride, especialmente após os 65 anos. A influência do estrogênio, genética e fatores de risco específicos para mulheres é explorada. Depressão, ansiedade e distúrbios do sono são mais prevalentes em pacientes femininas com DA. A atividade física apresenta efeitos protetores que variam de acordo com os níveis de estrogênio, com maiores benefícios observados em condições de alto estrogênio. Cuidadores, predominantemente mulheres, enfrentam desafios psicológicos e físicos substanciais ao cuidar de pacientes com DA. Cuidadores também podem apresentar problemas cognitivos, e cônjuges de pessoas com DA têm um risco elevado de desenvolver a condição. A DA no sexo feminino apresenta desafios únicos e multifacetados, incluindo fatores hormonais, sociais e econômicos. Compreender essas diferenças de gênero é crucial para estratégias de prevenção e cuidados personalizados. Embora o papel do estrogênio pareça significativo, complexidades persistem, exigindo investigações adicionais. Fatores de risco específicos de gênero e estratégias de intervenção devem ser reconhecidos para abordar essa condição de forma abrangente e holística na pesquisa e na prática clínica.

Biografia do Autor

Guilherme Henrique Louzada de Souza, Universidade Federal de Juiz de Fora

Graduando em medicina, Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF. 

Iara Carlin Torres, Universidade Federal de Juiz de Fora

Graduanda em medicina, Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF.

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Publicado

2023-09-20

Como Citar

Souza, G. H. L. de, & Torres, I. C. (2023). ANALISANDO A DOENÇA DE ALZHEIMER NO SEXO FEMININO: UMA REVISÃO CRÍTICA DA LITERATURA. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 9(8), 2021–2030. https://doi.org/10.51891/rease.v9i8.11034