AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL EM CRIANÇAS COM AUTISMO: DESAFIOS E RECOMENDAÇÕES

Resumo

Avaliar o estado nutricional em crianças com autismo é um desafio para os profissionais da saúde, uma vez que essa população apresenta dificuldades de comunicação e comportamentais que podem interferir na realização de exames e na coleta de dados. No entanto, essa avaliação é crucial, uma vez que crianças com autismo estão sujeitas a uma maior prevalência de desnutrição e deficiências de vitaminas e minerais.Neste artigo científico, foram revisados estudos que abordaram as principais dificuldades e recomendações para a avaliação do estado nutricional em crianças com autismo. O primeiro desafio encontrado é a coleta de dados antropométricos, como peso e altura, uma vez que muitas dessas crianças apresentam comportamentos restritivos alimentares e podem recusar-se a serem medidos.Outro desafio é a avaliação da ingestão alimentar, uma vez que crianças com autismo tendem a ter dietas restritas e seletivas. Nesse sentido, é recomendado que seja realizada uma avaliação ampla da ingestão, observando-se a variedade e a quantidade de alimentos ingeridos, bem como possíveis deficiências nutricionais específicas.Além disso, é importante considerar as características individuais de cada criança, como idade, sexo e nível de comprometimento do autismo, na interpretação dos resultados da avaliação nutricional. Essas características podem influenciar nas necessidades nutricionais e no padrão alimentar de cada indivíduo.Em relação às recomendações, é fundamental que os profissionais da saúde estejam familiarizados com as características comportamentais das crianças com autismo, a fim de estabelecer uma relação de confiança e facilitar a avaliação nutricional. Além disso, é essencial que haja uma abordagem multidisciplinar, envolvendo nutricionistas, médicos, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos, para garantir uma avaliação completa e precisa.Em conclusão, a avaliação do estado nutricional em crianças com autismo apresenta desafios específicos devido às características comportamentais dessa população. No entanto, é fundamental que essa avaliação seja realizada, a fim de identificar possíveis deficiências nutricionais e fornecer intervenções adequadas para melhorar a saúde e qualidade de vida dessas crianças.