DESAFIOS DO ENSINO HÍBRIDO DURANTE A PANDEMIA DE COVID 19 NO ANO LETIVO 2020/21
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v9i4.9319Palabras clave:
E-plataforma. aprendizagem híbrida. COVID 19.Resumen
Introdução: A introdução do Covid-19 trouxe um novo modo de vida em muitos aspectos, incluindo o setor educacional, é neste contexto que as escolas em todo o mundo adotaram o aprendizado híbrido. Esta forma de aprendizagem traça uma linha cristalina entre o status económico, bem como a lacuna tecnológica entre indivíduos, regiões e estados. É nesta perspectiva que este estudo foi conduzido para conhecer os desafios económicos, tecnológicos e infraestruturas enfrentados durante a aprendizagem híbrida em meio ao Covid-19 ao longo do ano letivo de 2020 a 2021 na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Lúrio em Moçambique.Métodos: A avaliação dos docentes que frequentaram previamente a capacidade de formação sobre aprendizagem híbrida utilizando o Sistema de Gestão da Aprendizagem (moodle) em março de 2020 foi caracterizada pela sua percepção enquanto à utilização da plataforma de e-learning definida pelo docente. Estatísticas descritivas e coeficientes de correlação de postos de Spearman foram computados para descrever a associação entre os desafios enfrentados pelos professores e alunos durante as aulas na plataforma de e-learning. Fonte de desafios, associação entre fator de impacto e frequência de aulas na plataforma de e-learning foram avaliadas.Resultados: Participaram no estudo um total de 50 docentes dos quais 20 utilizaram apenas a e-plataforma do corpo docente para as suas e-aulas com os alunos, 8 deles não utilizaram a plataforma de ensino da instituição apesar de terem o treinamento, ao invés disso adotaram outras plataformas como zoom, google meet e WhatsApp, enquanto 22 professores utilizaram tanto plataforma de ensino da instituição quanto as outras plataformas mencionadas acima. Os desafios enfrentados foram 23 professores tiveram uma média inferior a 75% de frequência dos alunos nas aulas online, as principais causas da baixa frequência nas aulas foram: 60% dos alunos justificaram a falta de dados de tempo de antena para Internet, 25% falta de smartphone ou computador pessoal (hardware) para uso em aulas online, enquanto 15% indicaram deficiência de cobertura de Internet. Houve uma forte associação entre o fator de impacto e a frequência às aulas na plataforma de e-learning (rho = 0,869, P < 0,001). Conclusões: O relato dos desafios nas plataformas de e-learning mostra a grande disparidade entre os alunos provenientes de famílias de renda alta/média e os de famílias de baixa renda, ao mesmo tempo que reflete também no baixo conhecimento de tecnologia da informação por parte dos palestrantes. Apesar de já haver formação prévia, há necessidade de apoio técnico permanente. Investimentos contínuos em treinamento e infraestrutura em TIC devem ser incentivados, especialmente neste cenário com poucos recursos humanos qualificados para atender à Missão da Universidade.
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