FINITUDE: A MORTE, O MORRER E ASSISTENCIA A PACIENTES ONCOLÓGICOS TERMINAIS NA VISÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v8i5.5392Palabras clave:
Finitude. Morte. Perda. Cuidados Paliativos e oncologia. Profissionais de Saúde. Psicologia Hospitalar.Resumen
INTRODUÇÃO: A presença de uma doença terminal que leva pacientes a necessitarem de intervenções e cuidados especiais, impõe sobre os profissionais de saúde sentimentos complexos e ambivalentes. Perceber a finitude do ciclo vital do outro, encarar essa possibilidade, os faz vivenciar a dor, o luto e projetar esta experiência na própria vida. OBJETIVO: Conhecer a percepção sobre a morte e o morrer de profissionais de saúde que lidam diretamente com pacientes oncológicos em estado terminal. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa de campo, exploratória, quanti-qualitativa realizada junto a profissionais da saúde de uma unidade de alta complexidade em oncologia da rede estadual de saúde do Amapá. A amostragem foi de 10 profissionais de diferentes categorias, entre profissionais de nível médio e superior, englobando técnicos de enfermagem, enfermeiros, assistentes sociais, médicos e psicólogos. Como instrumentos de pesquisa, foi utilizado um questionário semiestruturado composto por três partes. A primeira parte conteve dados sociodemográficos, a segunda com algumas afirmações acerca do tema e a terceira composta por 12 perguntas subjetivas com o intuito de trazer reflexões sobre o tema proposto. RESULTADOS: Apreendeu-se que para a maioria dos profissionais a morte é um aspecto natural da vida; alívio do sofrimento e união com Deus. Para os profissionais que vivenciam esta realidade diariamente, a percepção da finitude e seus desdobramentos acerca da morte e morrer, moldaram-se no decorrer do tempo e na prática; para eles, muito pouco foi estudado ou discutido durante sua formação profissional. Para outros, a percepção sobre a finitude/morte é multifatorial; depende da forma como os pacientes reagem e aderem as possibilidades de tratamento propostas. A aceitação é mais tranquila em pacientes idosos que já vem há mais tempo em tratamento do que em relação aos mais jovens. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Quando o paciente recebe o diagnóstico de câncer, seu pensamento cria um turbilhão de sensações e sentimentos que podem interferir no seu processo do tratamento. A vivência da finitude/morte pelos profissionais de saúde, permitiu a ressignificação de conceitos prévios, auxiliando no manejo das situações diárias vivenciadas na sua prática ou mesmo no processo de luto que acompanha e perpassa seu cotidiano. Conhecer a realidade de uma unidade de oncologia em que, diariamente, se lida com a finitude, possibilitou ampliar o olhar, refletir sobre a vida e a morte e nos transforma de uma maneira ímpar e significativa. A experiência vivenciada neste estudo, contribui para entender diferentes aspectos subjetivos envolvidos na atuação com pacientes terminais, faz perceber a necessidade de ampliar estudos e debates acerca da finitude/morte que permeia a prática de profissionais de saúde nos contextos de sua atuação.
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