NEUROBIOLOGIA DO TEPT: OS EFEITOS DO ESTRESSE TRAUMÁTICO NO CÉREBRO E A EFICÁCIA DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i11.21907Palabras clave:
Transtornos de Estresse Pós-Traumáticos. Neurobiologia. Terapia Cognitivo-Comportamental. Amígdala Cerebral. Neuroplasticidade.Resumen
O Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) é uma condição psíquica complexa caracterizada por sintomas de revivência, esquiva e hipervigilância, configurando um desafio clínico e neurobiológico significativo. Este estudo tem como objetivo compreender como as alterações neurobiológicas associadas ao TEPT — especialmente a hiperatividade da amígdala e a hipofunção do córtex pré-frontal e do hipocampo — influenciam o funcionamento biopsicossocial do indivíduo, bem como analisar de que forma a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) atua na modulação desses circuitos neurais. A metodologia adotada foi uma revisão de literatura integrativa realizada nas bases SciELO, BVS, LILACS, MEDLINE e Google Acadêmico, abrangendo publicações de 2010 a 2025, nos idiomas português e inglês. Foram utilizados os descritores “TEPT”, “Resposta Cerebral”, “Trauma Psicológico”, “Neurobiologia do Estresse” e “Terapia Cognitivo-Comportamental”, combinados estrategicamente para otimizar a busca. Incluíram-se artigos revisados por pares, ensaios clínicos, revisões sistemáticas e meta-análises que abordassem a TCC como intervenção principal e que apresentassem dados neurobiológicos ou comportamentais relacionados à resposta ao trauma. Excluíram-se estudos com comorbidades psiquiátricas associadas, metodologias pouco claras ou ausência de revisão por pares. Os resultados apontam que o TEPT envolve desregulação do sistema de resposta ao estresse, com disfunções na integração entre estruturas emocionais e cognitivas. Evidenciou-se que a TCC promove neuroplasticidade adaptativa, reduzindo a hiperatividade amigdalar e aumentando a função e conectividade do córtex pré-frontal, favorecendo o controle emocional e a extinção do medo. Conclui-se que a TCC não apenas alivia os sintomas clínicos do TEPT, mas também modifica os circuitos neurais alterados pelo trauma, integrando avanços da neurociência à psicoterapia e reforçando sua eficácia como abordagem terapêutica.
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