A PREVALÊNCIA DE CASOS DE SÍFILIS EM ADOLESCENTES NO PIAUÍ ENTRE 2010 À 2024
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i10.21549Palabras clave:
Sífilis. Adolescentes. Epidemiologia. Piauí. Notificação.Resumen
Introdução: A sífilis entre adolescentes vem crescendo nas últimas décadas e constitui problema de saúde pública, especialmente em regiões com vulnerabilidades socioeconômicas e cobertura desigual dos serviços de saúde. Este estudo descreve a situação no estado do Piauí entre 2010 e 2024, destacando determinantes sociais e falhas nos sistemas de notificação. Objetivo: Descrever a prevalência e a tendência temporal da sífilis em adolescentes (10–19 anos) no Piauí (2010–2024) e identificar fatores associados à transmissão, visando subsidiar estratégias de prevenção e controle. Métodos: Estudo ecológico, descritivo, em série temporal, com dados de notificações de sífilis em adolescentes (SINAN/TabNet-DATASUS) e indicadores socioeconômicos (CEPRO) e de cobertura da Estratégia Saúde da Família (IEPS). Calculou-se coeficientes anuais de detecção; a tendência foi avaliada pela regressão de Prais-Winsten e as correlações por Spearman. Tratamento e processamento dos dados foram realizados em Stata® v.16 e Excel®. Resultados: Observou-se aumento expressivo de casos em adolescentes de 2014 (10 casos) até 2019 (pico de 99 casos), queda em 2020 (44 casos) e retomada em 2021–2023 (60; 57; 53 casos, respectivamente). A distribuição por sexo foi semelhante (51,7% masculinos; 48,3% femininos). Predominaram adolescentes com escolaridade de ensino médio e a população parda (66% dos casos em 2023). Registrou-se baixa notificação entre indígenas e amarelos e elevada proporção de campos “não informados”, sugerindo incompletude dos registros. Indicadores socioeconômicos e cobertura desigual da ESF mostraram associação com maiores coeficientes de detecção. Conclusão: A sífilis em adolescentes no Piauí cresceu marcadamente até 2019, sofreu redução temporária possivelmente por subnotificação durante a pandemia e voltou a aumentar. Fatores sociais, baixa escolaridade e lacunas na atenção primária contribuem para a transmissão e para o risco de sífilis congênita. Recomenda-se ampliação de testagem rápida, qualificação da atenção básica e integração entre serviços de pré-natal e atenção ao adolescente.
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