O LÚDICO COMO CAMINHO PARA A LITERATURA ANTIRRACISTA: UMA LEITURA DE AMORAS, DE EMICIDA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i11.21301Palabras clave:
Ludicidade. Literatura Infantil. Antirracismo. Amoras. Mediação de Leitura.Resumen
Este artigo analisa a importância do lúdico como estratégia de mediação para a literatura infantil de caráter antirracista, tendo como objeto de estudo a obra Amoras (2018), do brasileiro Emicida. Parte-se do entendimento de que o lúdico, compreendido como dimensão do brincar, do jogo e da criatividade, constitui um recurso essencial para a aprendizagem e a formação cultural dos sujeitos. Os estudos clássicos de Vygotsky (1998), Huizinga (2000) e Kishimoto (2011) apontam para a centralidade do brincar no desenvolvimento humano, mas pesquisas mais recentes têm ampliado esse debate ao evidenciar sua relevância em contextos educativos diversos (Brougère, 2010; Santos, 2016; Schlindwein; Laterman; Peters, 2017; Wajskop, 2018; Carvalho, 2020; Soares, 2021). Nesse sentido, busca-se evidenciar como a ludicidade potencializa a leitura literária, transformando-a em experiência prazerosa, crítica e significativa. No caso específico de Amoras, a narrativa enfatiza a valorização da identidade negra e da autoestima das crianças, configurando-se como uma literatura de resistência e afirmação, alinhada ao movimento de promoção da representatividade e do enfrentamento ao racismo. Defende-se que o lúdico, quando articulado à literatura infantil de caráter antirracista, possibilita práticas pedagógicas que unem imaginação, encantamento e consciência social. Conclui-se que essa articulação contribui para a formação de leitores críticos, para o fortalecimento de identidades positivas e para a consolidação de uma educação plural e democrática, que reconhece a diversidade como um valor fundamental.
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