PERFIL CLÍNICO E OBSTÉTRICO DAS MULHERES COM SÍNDROMES HIPERTENSIVAS NA GESTAÇÃO E SUA REPERCUSSÃO NOS NEONATOS EM UM HOSPITAL DO MUNICÍPIO DE CASCAVEL-PR
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i4.18936Palabras clave:
Síndromes hipertensivas gestacionais. Gravidez de alto risco. Saúde materno-infantil.Resumen
A gestação, embora natural, pode apresentar complicações que configuram gravidez de alto risco, comprometendo a saúde materno-fetal. No Brasil, as síndromes hipertensivas gestacionais (SHG) estão entre as principais causas de mortalidade e morbidade materna grave. OBJETIVO: Caracterizar o perfil clínico e obstétrico das gestantes diagnosticas com síndromes hipertensivas gestacionais (SHG) que tiveram seus partos realizados no Hospital São Lucas, em Cascavel-PR, no ano de 2023, bem como avaliar as repercussões neonatais ao nascimento. MÉTODO: Trata-se de um estudo com abordagem observacional, transversal e retrospectiva, realizado por meio da análise de prontuários de gestantes diagnosticadas com SHG no referido hospital. Os dados coletados incluíram características maternas, obstétricas e do recém-nascido. RESULTADO: Foram analisados 1.545 prontuários de pacientes que realizaram parto no Hospital São Lucas em 2023. Dentre esses, 88 (5,7%) casos foram diagnosticados com síndromes hipertensivas gestacionais. Observou-se uma maior prevalência na faixa etária entre 25 e 34 anos. A maioria das gestantes não fazia uso de tabaco, álcool ou drogas ilícitas e não apresentava comorbidades crônicas prévias. Quanto às características gestacionais, predominaram: realização de pré-natal adequado, multigesta, idade gestacional a termo e gestação única. A forma mais prevalente de SHG foi a pré-eclâmpsia e a via de parto mais frequente foi a cesária. Em relação aos neonatos, a maioria apresentou peso adequado para a idade gestacional (AIG) e o índice de Apgar mais observado foi ≥ 7 no 1° e 5° minutos. Registrou-se 1 óbito neonatal e 6 recém-nascidos necessitaram de suporte em unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN). CONCLUSÃO: As SHG constituem uma condição de elevado risco para a saúde materno-fetal, conforme demonstrado pelos achados deste estudo. A realização de pré-natal adequado mostrou-se associada a melhores desfechos perinatais, evidenciados pela predominância de neonatos com peso adequado para a idade gestacional e a baixa ocorrência de complicações graves. Contudo, a incidência de prematuridade e a necessidade de suporte intensivo neonatal evidenciam a importância do diagnóstico precoce e manejo adequado. O estudo contribui para o entendimento do impacto das SHG e reforça a necessidade de estratégias preventivas e de cuidados contínuos para a saúde materno-infantil.
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